O Brasil vive um dos mais severos períodos de seca da história. As queimadas também batem recordes. No Espírito Santo a situação também não é fácil: está mais quente que o normal para a época, está mais seco e as queimadas avançam. O governador Renato Casagrande, por causa dos incêndios, decretou, na segunda-feira (09), situação de emergência em todo o Estado. Provavelmente na semana que vem sairá uma resolução, também estadual, alertando para o uso de água. A princípio, a utilização em larga escala (irrigação e indústria) estará no foco.
As queimadas, até aqui, atingiram fundamentalmente pastagens, portanto, o impacto maior é na pecuária, de corte e de leite (a de leite já enfrenta uma grave crise produtiva). A recuperação desses terrenos só virá em seis meses, e se chover bem. "Os efeitos diretos estão mais na pecuária, mas as preocupações vão além, afinal, a situação preocupante que estamos vivendo pode afetar o desenvolvimento das plantas e a formação dos frutos. Isso vale para café, frutas, hortaliças, pastagens e outras. Ainda não conseguimos quantificar, mas preocupa", explicou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
"Nossas medições mostram que o Espírito Santo está sob anomalia climática desde maio. As temperaturas estão acima da média histórica e está chovendo menos, portanto, a seca está mais severa. Há água armazenada, temos muito cultivo protegido de hortaliças, mas é uma situação difícil, que merece atenção. A expectativa é de uma recuperação das chuvas a partir de outubro".
A previsão do Incaper para os próximos 15 dias é a seguinte: zero de chuva no Sul do Espírito Santo e, no máximo, 20 milímetros no Norte. Levando em conta a evaporação de água, o balanço hídrico será negativo durante todo o mês de setembro.
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