Alguns dos herdeiros da Lorenge - uma das construtoras mais importantes do Estado, mas que enfrenta dificuldades desde meados da década passada - estão mirando novos negócios. Luiz Antonio, Felipe e Leandro Lorenzon, todos membros da segunda geração, chegaram a ocupar postos na direção da Lorenge, mas resolveram sair e empreender por conta própria.
Os três são sócios da iUrban Empreendimentos. "É uma empresa do mercado imobiliária que nasceu conectada aos novos tempos. Oferecendo mais espaços e soluções compartilhadas, e propondo um outro tipo de relacionamento com o cliente. A ideia da iUrban surgiu no final de 2019. A pandemia, que no começo foi muito ruim, no final serviu como um processo importante de maturação da ideia original", explica Luiz Antonio Lorenzon. Os dois primeiros lançamentos - em Jardim Camburi, com 64 apartamentos, e Jardim da Penha, com 15 - estão 90% vendidos. Mais três, nos mesmos bairros, estão previstos para o ano que vem.
"A Lorenge entregou a última obra que faltava em julho (um prédio comercial em Vila Velha). Ainda há um estoque para vender, mas o pior certamente já passou. As dívidas bancárias estão bem equilibradas. A empresa segue com sua estrutura administrativa funcionando e buscando oportunidades, mas nós tínhamos a necessidade de inovar. Nossos pais entenderam a nossa necessidade e nos apoiaram. Não abandonamos a Lorenge, foi um processo de saída. Estamos muito felizes com a história que estamos construindo", explica Luiz Antonio.
A proposta é investir forte em espaços compartilhados (academia, lavanderia, coworking, etc), de acordo com a demanda de cada empreendimento. "É uma herança da pandemia". Outro foco é o relacionamento com o cliente. "Vai ter o tradicional evento de aproximação, mas queremos ir além, vamos fazer um marketplace para os fornecedores com condições de prestar serviços para os nossos clientes que, afinal, estarão no meio de uma mudança. A ideia é facilitar a vida".
Outra aposta da empresa é a reforma de apartamentos. Ele selecionam imóveis bem localizados, fazem uma atualização completa e ainda dão um ano de garantia. "É como comprar um apartamento novo, mas com um preço bem melhor, afinal, está localizado num edifício mais velho. Até o manual do proprietário nós entregamos. É algo que está crescendo em São Paulo e que nós acreditamos que pode dar muito certo por aqui. É bom para o nosso negócio, para o comprador e para a cidade, afinal, é um imóvel antigo sendo revitalizado", argumenta o empresário.
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