A Federação das Indústrias do Espírito Santo soltou, no final da manhã desta quinta-feira (23), um posicionamento sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Embora afirme que "a política monetária mais restritiva" (ou seja, juros altos) "é um limitador para o crescimento da atividade econômica", a Findes diz entender a decisão "como mecanismo de controle da inflação".
A nota, disparada para associados e executivos da indústria capixaba, destaca que, hoje, os juros para as empresas chegam a quase 20% ao ano, impactando projetos, investimentos e, consequentemente, a economia como um todo. "A partir do momento que a Selic voltar a cair, as taxas de juros do sistema financeiro tendem a acompanhar o movimento. Isso é importante e urgente, afinal, o Brasil ainda figura entre os países com as maiores taxas de juros do mundo".
Feito o preâmbulo, o comunicado da Findes centra fogo no governo federal. "A Federação acredita que o anúncio do novo arcabouço fiscal e o andamento da reforma tributária no Congresso Nacional são decisivos para que o Copom inicie o processo de redução da Selic. O governo federal tem papel fundamental nesse processo. É primordial que a União tenha cautela na condução dos gastos públicos e se comprometa com o equilíbrio fiscal. É preciso clareza sobre os caminhos que o país quer seguir e é determinante que o governo federal sinalize que há austeridade na gestão das contas públicas".
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