Os últimos dias estão sendo de intensas negociações e de muita pressão dos políticos capixabas (pressionados pelo empresariado local) em cima da cúpula da Receita Federal, em Brasília. O governador Renato Casagrande e a bancada federal capixaba, sob a coordenação do deputado Josias Da Vitória, conversaram com o chefe do Fisco, Robinson Barreirinhas, e cobraram soluções para a demora na liberação dos pedidos de novas áreas alfandegadas no Espírito Santo.
Há solicitações paradas há mais de 70 dias, de acordo com carta assinada por Vports e Sindiex, na mesa da Equipe Regional de Alfandegamento da 7ª Região Fiscal, no Rio de Janeiro. Até setembro, este tipo de questão era resolvida pela equipe da Alfândega de Vitória. Sem novos espaços para o recebimento de mercadorias importadas, é grande o risco de o Espírito Santo sofrer um apagão de áreas ainda em janeiro, comprometendo seriamente a importação de carros, um dos negócios que mais cresce dentro do comércio exterior capixaba. Só no ano passado, quase US$ 2 bilhões em veículos, grande parte deles elétricos, passaram pelo Terminal de Vila Velha.
Barreirinhas disse que virá ao Estado em fevereiro para debater o assunto da regionalização - ele viria em 15 de dezembro, mas desmarcou por conta da visita do presidente Lula, marcada para o mesmo dia. A questão é que para o Espírito Santo não ter de ver cargas que deveriam vir para cá sendo desviadas para portos de outros estados pela absoluta falta de espaço para recebimento por aqui, a Receita Federal provavelmente terá de resolver o problema do alfandegamento antes da visita de seu comandante ao Espírito Santo.
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