A Suzano, gigante brasileira da produção de celulose, vai construir uma fábrica de papel tissue (de estrutura mais maleável e macia, usado para produtos sanitários) em Aracruz, Norte do Espírito Santo. Um investimento de R$ 650 milhões. A planta ficará bem ao lado das unidades de produção de celulose da companhia que, aliás, também serão modernizadas, com um aporte de R$ 520 milhões para substituir uma caldeira de biomassa. Os anúncios foram feitos nesta quinta-feira (26), em São Paulo, na presença do CEO da Suzano, Walter Schalka, do governador Renato Casagrande (que estava on-line) e do vice-governador Ricardo Ferraço.
A fábrica de tissue é mais um passo no movimento da Suzano de agregar valor à produção. A empresa já possui uma como essa em Cachoeiro de Itapemirim, inaugurada em 2020. A planta de Aracruz terá capacidade para produzir 60 mil toneladas por ano, o dobro da do Sul do Estado. A nova planta fica pronta em dois anos, o início da produção está marcado para o primeiro trimestre de 2026. Com ela, a Suzano eleva sua produção de bens de consumo (papel higiênico, guardanapo e lenços umedecidos, por exemplo) a 340 mil toneladas anuais, 90 mil no Espírito Santo.
“É uma notícia muito importante para o Espírito Santo. Vamos passar a ter uma fábrica de papel no Estado, de ponta a ponta, e de grande capacidade. A unidade de Cachoeiro converte o papel em tissue, vamos agora ser fabricantes. O que sairá daqui vai ter a capacidade de atender 10 milhões de consumidores. Vamos mandar papel para todo o Brasil”, comemorou Ricardo Ferraço.
Durante as obras, serão abertos 300 postos de trabalho. Depois de pronta, serão 200 empregos diretos e indiretos.
A Suzano anunciou a intenção de fazer a nova fábrica em junho do ano passado, mas o Conselho de Administração ainda precisava aprovar. O aval foi dado nesta quinta-feira (26).
A nova caldeira de biomassa vai aumentar a eficiência energética da fábrica e reduzirá a emissão de poluentes. Ela começa a operar no último trimestre de 2025. A obra deve gerar 1.200 empregos.
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