Vale, BHP e Samarco vão pagar algo perto de R$ 170 bilhões pela reparação dos danos causados pelo rompimento das barragens de Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. De dinheiro novo são R$ 100 bilhões (o restante dos recursos ou já foram aportados ou já têm destinação definida), que serão quitados ao longo de 20 anos. Minas e Espírito Santo receberão diretamente parte da bolada (o ES deve ficar com algo perto de R$ 19 bi). A Minas, por abrigar a maior parte dos municípios atingidos (são 38 cidades mineiras e 11 no Espírito Santo), caberá uma fatia maior. A União, por sua vez, ficará com um outro pedaço bastante relevante (provavelmente mais de R$ 40 bi). Justamente aqui entrará um trabalho importante de articulação e formulação de bons projetos nas áreas ambiental e de saneamento.
"Quase que a totalidade dos recursos irá para a bacia do Rio Doce. Foram abertas pequenas exceções, caso do investimento na BR 262, mas o foco é no Rio Doce. Ficará sob a responsabilidade da União um volume importante de dinheiro que terá de ser aplicado nas 49 cidades mineiras e capixabas diretamente atingidas pela tragédia. Este recurso virá ao longo de 20 anos e, claro, dependerá de bons projetos e articulação lá em Brasília. É um trabalho de médio e longo prazos", explicou o governador Renato Casagrande.
Serão, por exemplo, R$ 11 bilhões para Saneamento, R$ 8,4 bilhões para um fundo de saúde, R$ 8,13 para um fundo ambiental, R$ 8 bilhões para indígenas e comunidades e R$ 5,1 bi para serem administrados pelo BNDES.
Mais uma frente de articulação abre-se para o Espírito Santo. É bom que nos preparemos, afinal, disputar com Minas não é fácil.
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