A Universidade de Vila Velha, aos 47 anos, vai colocar de pé o seu primeiro campus fora de sua cidade natal. Em fevereiro de 2024, será inaugurada a primeira fase do Complexo de Saúde e Atendimento Social de Linhares, um investimento que, ao final do projeto, chegará aos R$ 100 milhões. O objetivo da instituição, que hoje tem 14 mil alunos, é abrir o primeiro curso de Medicina da maior cidade do Norte do Espírito Santo. A expectativa de todo setor de educação é de que, agora em setembro, o Ministério da Educação (MEC) publique o edital para abertura de novos cursos de Medicina no país. Tudo dando certo, no segundo semestre de 2024 começa a operação com 50 ou 60 alunos por semestre.
O campus da UVV vai ficar onde já funcionou um dos mais tradicionais colégios linharenses, o Cristo Rei, no Centro da cidade. O antigo prédio do Cristo Rei fica em uma área de 9 mil m², que foi comprada no início do ano pela instituição de ensino superior. Ela pertencia ao ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon, fundador do colégio. O edifício será completamente reformado e o terreno será todo ocupado com novas edificações.
"Vamos fazer uma estrutura de ponta e já visando futuras expansões, afinal, Linhares não para de crescer. Estamos confiantes no sucesso do projeto porque a UVV, hoje, cumpre todos os requisitos estabelecidos pelo MEC para autorização de um curso de Medicina. Temos pessoal, equipamentos, parcerias e estrutura física da melhor qualidade. Claro que o edital de agora, que estamos esperando sair nos próximos meses, pode vir com novas exigências, mas estaremos preparados, sem a menor dúvida", assinalou José Luiz Dantas, presidente da UVV.
A nova estrutura vai comportar 3 mil alunos em tempo integral e até 7 mil no modelo híbrido. Além do curso de Medicina, funcionarão no espaço todas as demais graduações da área de Saúde: Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Fonoaudiologia e Farmácia. O prédio onde hoje funciona o polo da UVV em Linhares também está sendo todo reformado. Mais para frente o objetivo é abrir cursos em outras áreas.
Para fazer o negócio andar, a UVV captou R$ 50 milhões junto ao Itaú e busca mais R$ 50 milhões com o Bandes. O projeto está na concorrência aberta pelo Fundo ESG de Desenvolvimento, programa de emissão de debêntures do banco de desenvolvimento estadual.
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