Vale e Cesan assinam, na próxima quinta-feira (08), em evento programado para o Palácio Anchieta, um memorando de entendimento para que a mineradora utilize, em Tubarão, água de reúso. As conversas já vinham acontecendo desde o ano passado, a assinatura do memorando oficializa as intenções da Vale e dá o pontapé para o início dos estudos de viabilidade, que devem ficar prontos em três meses. A água de reúso é o produto que sobra depois de passado todo o tratamento de esgoto. Não é própria para consumo humano, mas é ideal para a indústria.
A análise será em cima da parte técnica e, depois disso, econômica. A expectativa é de que a Vale demande mais água de reúso do que a ArcelorMittal Tubarão, que fechou um acordo para 200 litros por segundo. A água da ArcelorMittal virá da Estação de Produção de Água de Reúso (Epar) que o consórcio formado pelas empresas GS Inima e Tubonews fará na Serra, substituindo a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Jardim Camburi. Dependendo do que a Vale pedir, a água de reúso terá de ser enviada pela estação de Mulembá, em Vitória, o que demandará um investimento maior, já que a ETE de Manguinhos, mais próxima, não daria conta.
Os estudos também apontarão qual é o melhor modelo a ser adotado: parceria público-privada ou concessão. O objetivo é que o leilão, na B3, seja realizado no primeiro semestre de 2025. O contrato será de 30 anos e demandará investimentos de, pelo menos, R$ 300 milhões.
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