
Não vai dar para quem quer. Essa é a realidade da venda de máquinas para a colheita do café no Espírito Santo. A previsão é do Grupo Pianna, responsável por boa parte das concessionárias que abastecem o agronegócio do Espírito Santo. O mercado vem crescendo acima dos dois dígitos e o início de ano, que antecede a safra do café (a do conilon começa agora em maio), está sendo bem forte.
Um poderoso tripé sustenta essa vigorosa mecanização: explosão dos preços, safras satisfatórias e apagão de mão de obra. “O produtor vem sofrendo há tempos com a falta de mão de obra, mas só agora, com os preços em alta e com boas safras em sequência, ele está conseguindo fazer um investimento mais robusto em mecanização. É um processo que já vem acontecendo e está aumentando de velocidade. O conhecimento adquirido mostra que os ganhos de produtividade dos que fazem este movimento são enormes”, explicou Leonardo Pianna, CEO da PME Máquinas.
O grupo, só no começo de 2025, deve vender 240 colheitadeiras. Muito acima das 210 do ano passado. Cada uma sai por algo perto de R$ 400 mil. “Até tentamos ampliar a oferta, mas não tem no mercado. Já estamos nos preparando para o segundo semestre”.
Diante da falta, os produtores capixabas estão optando por um modelo mais robusto, uma automotriz (mais eficiente) de R$ 1 milhão, que também já está começando a faltar. “É um movimento forte de mecanização, que vai mudar a realidade do agronegócio capixaba em pouco tempo”, assinalou Pianna.
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