Há pouco mais de um mês, em 24 de julho, o Grupo Maratá comunicou ao mercado a venda de seus negócios de café e chá para a JDE Peet's - companhia de capital norte-americano e holandês e dona das marcas Café Pelé, Pilão e Café do Ponto no Brasil. A compra teve um efeito colateral aqui no Espírito Santo. Há algum tempo, o grupo sergipano vinha negociando a construção de uma fábrica de beneficiamento de café no Estado, em Sooretama, mais precisamente. O martelo chegou a ser batido no final do ano passado, mas, com a venda para a multinacional, as coisas deram uma parada.
Integrantes do governo do Estado estão mantendo contato com os novos donos do Café Maratá, afinal, a empresa chegou a estabelecer um contrato dentro do Programa de Incentivo ao Investimento no Estado do Espírito Santo (Invest-ES). Além disso, trata-se de um investimento relevante, algo perto de R$ 180 milhões dividido em três fases, que só confirmaria a vocação do Norte capixaba para o beneficiamento de café.
Dentro do governo a expectativa é de que o investimento seja mantido. Quando anunciou a compra, a JDE Peet's informou que o desejo era de um crescimento mais rápido, com expansão geográfica e diversificação. A entrada da Maratá no portfólio veio para consolidar a presença da JDE Peet's no Nordeste, antes as marcas da companhia eram muito forte apenas nos estados mais ao Sul. Uma fábrica no Espírito Santo, por conta da localização, atenderia bem aos dois mercados.
As perspectivas são boas, mas uma resposta definitiva ainda deve demorar mais um pouco. A transação entre Grupo Maratá e JDE Peet's está prevista para ser concluída em 2024.
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