A Vports, concessionária responsável pela administração do complexo portuário de Vitória, vai procurar, nos próximos dias, representantes dos setores de café e rochas ornamentais do Espírito Santo. A ideia é colocar todas as boas ideias possíveis na mesa, vindas dos dois lados do balcão, para que o gargalo logístico apontado pelos empresários seja solucionado ou, pelo menos, amenizado. Entre as possibilidades que serão trazidas pela autoridade portuária está o arrendamento de áreas específicas dentro do porto para a operação focada em café e rochas.
Ainda não está claro para os executivos da Vports se a abertura de espaços específicos para os setores dentro da área primária do complexo resolve o problema, mas a proposta será levada aos dirigentes do Centro do Comércio de Café de Vitória e Centrorochas. A falta de contêineres no mundo, por exemplo, é grave, portanto, não haverá saída fácil. Entretanto, operadores portuários, que conhecem muito bem as cadeias do café e da rocha, já estão de olho nas possibilidades abertas pela crise (a proposta de exportar café sem usar contêiner vem daí).
Na última sexta-feira (12), Centro do Comércio de Café de Vitória e Centrorochas (Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais) divulgaram uma carta reclamando muito do que chamaram de esgotamento da capacidade do terminal de contêineres do Porto de Vitória. A Vports, por sua vez, afirma que o movimento aumentou muito nos primeiros meses do ano. De acordo com a concessionária, na média do Brasil, o movimento de cargas subiu 6%, aqui no Porto de Vitória, entre janeiro e abril, a expansão foi de 35%. Olhando apenas para contêineres os números são mais fortes: ampliação de 24% no Brasil e de 58% no Porto de Vitória.
O problema não é pequeno e está dado. A ver o que virá como solução. O comércio exterior responde por mais de 50% do Produto Interno Bruto do Espírito Santo.
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