Fundado no final de 2016 (ainda com o nome Pag) em Vitória, o Will Bank, instituição 100% digital, tem 1,4 mil funcionários (segue contratando) e dobra de tamanho a cada ano. O faturamento de 2022 ficou em R$ 1,4 bilhão, para 2023, a meta é alcançar R$ 2,8 bi. O volume de transações feitas por meio do cartão de crédito da companhia deve bater em R$ 20 bilhões, quase 100% a mais que os R$ 12,5 bi do ano passado. O empresário capixaba Walter Piana é o acionista majoritário da companhia. Piana foi um dos fundadores da Cartões Avista, mas vendeu sua participação.
"Estamos com 4 milhões de clientes. Nosso foco está nas pessoas que nunca foram clientes de um banco ou que deixaram de ser por estarem insatisfeitas. Hoje, no Brasil, são 44 milhões de desbancarizados. Nosso negócio está formatado para este público, 60% dos nossos clientes estão no Nordeste e 55% são de cidades pequenas", explicou Felipe Félix, fundador, sócio e CEO do Will Bank.
"A gente vem, nos mais diversos parâmetros, dobrando de tamanho todos os anos, são 150 mil clientes aprovados por mês. Já temos uma base importante, agora vamos nos voltar para dar mais rentabilidade a este portfólio, oferecer mais produtos", assinalou o executivo.
Em 2021, um fundo de private equity da XP e a Atmos Capital investiram US$ 50 milhões no Will Bank e entraram de acionistas minoritários. O dinheiro foi usado fundamentalmente na expansão da instituição, que tem uma base tecnológica muito forte. A previsão de Felipe Félix é que uma nova captação terá de ser feita até o primeiro trimestre de 2024, mas a destinação será diferente. "Estamos estudando ainda, mas a captação deve ficar entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões. Os novos investidores virão para incremento de capital regulatório. Para crescer, para emprestar mais, preciso aumentar o patrimônio líquido. Não tem nada a ver com necessidade de caixa, é para cumprir com as regras do Banco Central. As conversas com o mercado logo vão começar".
Expansão do Will Bank
O CEO do banco acredita que essa entrada de recursos será suficiente para garantir a expansão do Will até, pelo menos, meados de 2025. As estratégias de captação ainda estão sendo traçadas, mas ainda não deve haver abertura de capital. "Nós queremos e vamos fazer um IPO, mas acho que o mercado ainda está fechado para isso. O provável é a entrada de mais fundos de private equity".
Questionado sobre as demissões que assolam várias empresas de base tecnológica, Félix afirma que não é o caso do Will Bank. "Estamos com 1,4 mil funcionários, sendo 600 em Vitória, e contratando. Acho que cada empresa é uma empresa. Nosso crescimento sempre foi orgânico e muito embasado. Enfrentamos dificuldades no primeiro semestre de 2020, auge da pandemia, mas logo conseguimos nos reinventar. Estamos em plena expansão e olhando para frente".
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