O despertar para o olhar da real saúde é algo que pode ocorrer por duas vias. Você pode sentir seu corpo não te permitindo atingir seu maior potencial com o passar dos anos e decidir mudar para melhorar performance e qualidade de vida na velhice e esta é uma boa forma de realizar mudanças de forma gradual. Doses homeopáticas e experimentações. A outra maneira, que infelizmente não é feita conforme seu ritmo e maturidade para a mudança e ocorre quando o corpo não suporta mais a forma com a qual está sendo tratado e é acometido por uma doença mais grave. É emergência com doses cavalares do que há de mais abrupto na caixinha de remédios.
Em ambos os casos, a mudança de hábitos chega como o caminho possível, como a estratégia a prevenir e também remediar, mas exige disponibilidade, abertura para mudanças e desapego de todas as crenças e costumes, apegos e bengalas. Não é fácil e precisa de direcionamento, equipe que ilumine o caminho, que nunca é linear. Sendo este o caminho possível em direção à saúde, rodeios atrasam o destino e é preciso mudar o olhar para o novo. É como querer um novo desfecho fazendo as mesmas coisas. Simplesmente não dá.
A reeducação alimentar é como animal de estimação novo, chega mudando toda a rotina da casa, exige nova organização, traz dúvidas sobre os cuidados, cansa em vigilância e processos, mas surpreende com o vigor, a renovação, a alegria em tudo em volta. O contorno muda conforme você muda por dentro e esse bichinho de estimação tem esse poder.
A atividade física é como um remédio de gotinha, daqueles que se toma todo dia um pouco, que demora a curar e no começo pode ter um gosto bem ruim. E se você não foi estimulado a fazer uso dessas pequenas doses desde a infância, demora mais pra deixar de ser intragável, tamanha a necessidade de adaptação. Depois de um tempo e constância, você não consegue mais ficar sem o seu remedinho que libera substancias incríveis no seu organismo. A conta tem que fechar e não basta dizer que “tá pago”, se ainda não está sendo prazeroso, ainda precisa de mais tempo, adequar a dose ou trocar o remédio.
O comportamento e as emoções são como aquele balão de oxigênio que você nunca espera usar. No entanto, quando falta o ar, lidar da melhor forma, sem evitação, reconhecer e acolher o que se sente pode ser um novo folego. Muitas vezes nos esquivamos e rejeitamos experimentar algumas emoções, mas como no ar ambiente também tem oxigênio a sua medida. O respiro é inevitável em vida e garante a sobrevida, a maneira que decidimos fazer isso pode ser profunda ou em sensação de afogamento. Puxar o ar não é opcional, entretanto muita gente fica muito tempo em apneia. Visitar as emoções e criar novos comportamentos é como arrancar os tubos e respirar livremente.
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A saúde é como essa caixinha de remédios, com pílulas diárias e limpezas internas. É ingerir, digerir, absorver e deixar ir. É escolha e também obrigação. Já tomou seu comprimido de mudança de hábitos hoje?
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