A boca é a maior cavidade do corpo que tem contato com o meio externo. É porta de entrada, canal de saída, ponte para outros órgãos. A sabedoria oriental faz a observação da natureza e entende a importância da moderação e do cuidado com a região. Pela boca entram os alimentos e saem as palavras. Nada pode ser excessivo.
De acordo com a medicina tradicional chinesa, o coração se abre na língua, manifestando-se na fala. Coincidentemente, ou não, quando alguém fala sobre si, dizemos que este “abre o coração”. Fazendo um paralelo com questões ocidentais, temos muitos casos de endocardites bacterianas que ocorrem por alguma infecção bucal que invade a corrente sanguínea e afeta o coração.
Nas gengivas temos as manifestações do estômago, e percebemos sua atividade quando há mau hálito e aftas. É importante escolher bem que tipo de alimentos colocamos na boca, em quantidade e qualidade, temperatura e preparo, pois isso afetará diretamente a saúde do estômago. Igualmente importante, é selecionar que tipo de situações engolimos e o tanto que buscamos digerir, uma vez que não somos seres ruminantes.
Os dentes, considerados extensões dos ossos pela medicina chinesa, são cuidados pelos rins e transportando para o conhecimento ocidental, observa-se maior prevalência de erosão dentária e caries em doentes renais crônicos, além dos distúrbios minerais ósseos associados a retenção de fósforo, diminuição de cálcio e deficiência de vitamina D.
O cuidado com o que comemos, a ternura com o que falamos, os sapos que engolimos, as emoções que ressentimos e não regurgitamos, os sorrisos que escancaramos ou timidamente deixamos escapar, tudo é observação da natureza e permeia a boca. Escolhas sábias e atenção aos cuidados podem garantir saúde.
Como dizem os ensinamentos chineses, “Você estará protegido se estiver amável; será amável se estiver tranquilo; estará tranquilo se estiver saudável.
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