Como encarar os processos de saúde de uma maneira mais natural? Em meio a tantos procedimentos invasivos, cápsulas e comprimidos, tenta-se atrasar o envelhecimento, mas será que a longevidade é isto mesmo? Um olhar para a natureza pode ser o melhor caminho do retorno e as respostas podem não estar em paralisar o tempo, mas sim em senti-lo passar com qualidade de vida.
Os achados em exames de imagem geralmente estão relacionados às mudanças comuns da idade, de forma que não necessariamente gerarão dor ou incapacidade. Costumo chamar essas alterações de beijos do tempo. As diferenças à esquerda e à direita são normais, assimetrias nos fazem únicos. Crescemos como árvores, nunca iguais nem simétricos, adaptando-nos às estações e ao clima, buscando a luz. Como as árvores, nós também podemos ser resistentes contra as forças irreprimíveis da natureza, curar a nós mesmos e buscar nutrição mais adequada. Seu corpo e qualquer cicatriz em seu “tronco” refletem sua história de vida, não necessariamente ferimentos ou dor.
Uma árvore que não pode ser abraçada nasceu de uma raiz fina como um fio de cabelo. As grandes mudanças em saúde começam em pequenas ações, pequenos hábitos. Para aprofundar as raízes é preciso ter bons hábitos, estes fazem uma boa fundação e nos permitem um crescimento adequado.
As árvores de Ginkgo Biloba nos dão um exemplo de longevidade, podendo atingir mais de mil anos e um dos segredos para tal é que nunca param de crescer. Além disso, produzem substâncias químicas que as protegem contra fatores de estresse, como doenças ou secas. A capacidade de adaptação ao estresse pode nos manter vivos; o aprendizado e o crescimento, a gana por melhorar pode nos dar vida. A Ginkgo Biloba foi um dos poucos seres vivos sobreviventes da destruição causada por bombas atômicas.
Assim como as árvores, quando encontramos a realização nos propósitos, florescemos. Este desabrochar denota a saúde plena, com bem-estar biológico em que estamos bem nutridos e hidratados, bem-estar psíquico em que desfrutamos de boa saúde mental e boa convivência com as próprias emoções, e o social, em que interagimos com a natureza e outros seres de forma equalizada e harmônica. Com frequência, este estado de saúde que quase toca a totalidade e o equilíbrio se converte em bons frutos. E eles terão um longo caminho pela frente, uma vida longeva e saudável.
Que possamos nos assemelhar às árvores em cada uma das fases da vida, crescendo, florescendo, buscando a luz de forma resiliente, envelhecendo com ternura, oferecendo ar e alimento que é vital para os outros, cedendo boa sombra e sabedoria.
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