Com que frequência somos inundados de pensamentos repetitivos, obsessivos, ruminativos? Será que estamos usando a mente de forma incorreta ou é ela que está nos usando? Quando pensamos de forma desenfreada vamos à exaustão, e na maioria das vezes não chegamos a lugar algum.
Pensamentos sem freios muitas vezes surgem de inseguranças e necessidade de antecipar situações para ter controle, imaginação e lembranças. Geralmente são pensamentos pouco funcionais, ou seja, nada produtivos e com enorme gasto energético. É possível cortar a improdutividade da mente quando criamos uma relação melhor com a nossa energia, esvaziando e desacelerando, agindo de maneira sábia.
Uma das maneiras eficientes de acalmar a mente é movimentando o corpo. As conexões entre a mente e o corpo permeiam o intangível do palpável, o fluido do mais concreto. Além disso, quando estamos em movimento, circulamos as energias, sacudimos a poeira, eliminamos estagnações. Há a liberação de serotonina e dopamina, que promovem sensações de prazer e bem-estar, ajudando a controlar melhor as emoções.
Outra forma de cultivar tranquilidade é nomear que emoção está experimentando. Externar o que está sentindo, de forma escrita, em voz alta, em desenhos ou qualquer tipo de arte e forma de expressão é muito importante para não internalizar na mente. Quando o barulho dentro é muito alto, não aproveitamos o que está fora e se não explodimos, implodimos.
Sobre aproveitar o que há fora, é imprescindível trazer a atenção para o perceptual para ativar o sistema somatossensorial. Aquilo que se pode sentir com as mãos, sentir os cheiros, ver em caráter contemplativo, ouvir com ternura, aterrar descalço sempre tem essa capacidade de trazer a mente para o presente. Presentificar é uma maneira de parar de antecipar e com isso o resultado é uma mente cheia de pensamentos funcionais e saudáveis.
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