O ano chegando ao fim e se vê necessário cada vez mais um balanço de tudo o que aconteceu. Um ano turbulento de sobrevivência muito mais vívido do que a vivência. Muito comum é sentir-se frágil, ou ainda triste e buscar seguir em frente. Sem saber de que lado fica essa direção, descobrimos que fica do lado de dentro. É olhando dentro que se segue em frente.
E no novo ano que se iniciará, continua a vontade de fazer melhor e viver melhor. Após um ano tão intenso, seremos absolvidos da auto cobrança de escrever metas, nos basta o mínimo que se pode ter dentro de uma dignidade justa. Ter acesso a saúde, segurança alimentar, trabalho digno, igualdade de condições de vida em sociedade. Tudo que nos foi arrancado, o mínimo, o desejo.
Foi um ano em que duvidamos do nosso valor, pois o ambiente nunca esteve tão desfavorável e desumano. Quem sobreviveu, o fez agarrando-se a alguma forma de amor e por acreditar em alguma coisa. Um navio não afunda por ter água ao redor e sim porque começa a entrar água dentro. Se permitirmos que o que ocorre em volta nos inunde, corremos o risco de afundar. O ano de 2021 exigiu que houvesse muito amor dentro pra não deixar a água entrar e tomar conta.
E se houve dúvidas acerca do valor, não se engane, você vale a pena. Você vale a busca por um novo ano melhor, você vale as horas trabalhadas e as noites mal dormidas, as dificuldades e a sensação de que tudo poderia ter sido menos doloroso. E vale tanto, que no próximo ano, apesar do desejo enorme de que seja tudo mais fácil, o maior esforço será feito para garantir o seu bem. Porque vale.
Este vídeo pode te interessar
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.