É importante reconhecer que estamos diante de uma potência. O que vemos ao invés desse reconhecimento é um fenômeno de xenofobia contra os chineses e tudo que vem da China. De forma imprudente, somos agressivos e criticamos fortemente a cultura chinesa e este movimento cresceu desde que a pandemia originada no país se espalhou pelo mundo. A sinofobia, que é o sentimento anti-China, se prolifera mais rápido que o vírus da Covid-19.
A China enfrenta o coronavírus desde dezembro de 2019 e tornou-se um exemplo no enfrentamento, através da grande adesão da população com relação ao isolamento físico, bem como ao respeito aos planos de contingência em Wuhan, cidade onde tudo se iniciou. O governo anunciou ao mundo rapidamente o que estava acontecendo e construiu em dez dias um hospital com dez mil leitos.
O país enviou toneladas de suprimentos para países da Europa que tiveram dificuldades com a sobrecarga dos sistemas de saúde. A solidariedade chinesa foi colocada à mesa e as liberdades individuais ficaram em segundo plano. E potente como é, mostrou ao mundo onde se concentra a produção dos insumos. Foram exportados ventiladores mecânicos e equipamentos de proteção para o mundo inteiro enquanto ainda enfrentavam os efeitos da doença.
CUIDADOS EM SAÚDE
Além de nos ensinar como conduzir uma pandemia através de comportamentos sociais, condutas governamentais e detenção de produção e tecnologia, é preciso enaltecer a habilidade dos chineses em nortear os cuidados em saúde através da junção dos conhecimentos de medicina ocidental somados as habilidades desenvolvidas na medicina tradicional chinesa.
Esta integração proporcionou a junção do suporte de proteção à vida através da assistência respiratória feita pelo olhar ocidental com a melhoria das condições físicas e de imunidade realizadas pela medicina tradicional chinesa. Um tratando os sintomas, outro as causas, juntos, se complementando.
Muito me surpreende a forma com que condenam a vacina desenvolvida pela Sinovac, fábrica chinesa, pelo simples fato de ser chinesa. A verdade é que quase tudo o é. O que usamos no dia a dia, tudo o que desejamos, quase tudo é chinês. Se você fizer um mapeamento genético, verá que dentre as nacionalidades dos seus ancestrais, possivelmente você também, em alguma porcentagem, é chinês. Não faz sentido essa rejeição a um país com tanto a nos ensinar. Que possamos aprender no amor e não na dor sobre saúde com a China.
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