Advogado trabalhista, coordenador do curso de especialização em Direito do Trabalho da FDV e torcedor fervoroso do Botafogo. Neste espaço, oferece uma visão crítica e abrangente para desmistificar os conceitos trabalhistas e promover um entendimento mais profundo das dinâmicas legais das relações de trabalho

É tempo de...

É tempo de revisitar os momentos que marcaram o ano e de reconhecer os desafios que nos impulsionaram a buscar soluções e caminhos novos. Para mim, 2024 foi um ano de muitas provocações e reflexões compartilhadas com vocês

Vitória
Publicado em 30/12/2024 às 22h00

O fim do ano é sempre um convite à reflexão, à análise do que foi construído e ao planejamento do que estará por vir. É tempo de revisitar os momentos que marcaram o ano e de reconhecer os desafios que nos impulsionaram a buscar soluções e caminhos novos. Para mim, 2024 foi um ano de muitas provocações e reflexões compartilhadas com vocês, leitores desta coluna.

Ao longo deste ano, tive o privilégio de trazer para debate temas que conectam o direito do trabalho à realidade das empresas e da sociedade. Falamos sobre compliance trabalhista, em como ele não apenas protege as empresas de passivos, mas também cria ambientes mais éticos e saudáveis. Revisitamos também a ideia de que litigar na Justiça do Trabalho não deve ser um jogo de apostas, com o artigo "Justiça do trabalho não é bet".

Outro tema de destaque foi o "Fair play financeiro e a Justiça do Trabalho", em que discutimos como a previsibilidade nas condenações judiciais pode salvar empresas e empregos. Na mesma linha, em "Empreender ou reter? A insegurança jurídica pode parar o Brasil?", destacamos como a insegurança no ambiente jurídico desestimula o empreendedorismo e afeta o desenvolvimento econômico do país.

Tivemos também a oportunidade de aprender com outras áreas, como no artigo "O que as empresas podem aprender com o futebol americano", onde fiz um paralelo entre a dinâmica desse esporte e a gestão corporativa. Falamos de respeito e profissionalismo no ambiente de trabalho em "Do jeito que você me olha, vai dar namoro?" e discutimos retrocessos regulatórios em "Estamos prontos para mais um retrocesso?".

Não deixamos de lado a análise de temas complexos, como o impacto do deságio em créditos trabalhistas no contexto de recuperações judiciais, o significado do 13º salário como um motor da economia e os desafios do etarismo no mercado de trabalho.

Discutimos ainda o impacto dos jogos de azar nas relações trabalhistas e como o uso do WhatsApp fora do horário pode ensejar horas extras. Em "Insegurança jurídica na Justiça do Trabalho: um risco para a saúde do trabalhador?", analisamos como decisões contraditórias geram instabilidade tanto para empresas quanto para empregados.

Por fim, provocamos o debate com artigos como "E não é que o presidente Lula tem razão?""Espelhos de ideologia em detrimento da lei" e "A subordinação estrutural e o futuro do trabalho autônomo", que refletiram sobre as mudanças nas dinâmicas trabalhistas e a necessidade de adaptações legislativas.

O Sindfer argumentou na Justiça do Trabalho que as demissões violavam dispositivos da CLT
Justiça do Trabalho. Crédito: Divulgação

Desejo a todos os leitores um excelente 2025! Que seja um ano de realizações, prosperidade e, especialmente, de segurança jurídica, um anseio que deve guiar nossas relações e decisões no campo do direito e do trabalho.

Encerramos o ano com a certeza de que, independentemente das opiniões e divergências que os temas suscitaram, o importante é continuar fomentando o debate e buscando soluções para os desafios do mercado de trabalho brasileiro.

Que 2025 traga saúde, cumplicidade e uma renovada crença nas instituições brasileiras. Mesmo quando elas falham, é nossa responsabilidade fazer a nossa parte, na busca constante por seu funcionamento adequado, sempre respeitando a Constituição Federal, o Estado Democrático de Direito e a segurança jurídica que tanto prezamos.

E como não poderia deixar de ser, finalizo este ciclo com um tom leve e otimista: é tempo de olhar para frente, de acreditar em dias melhores, de celebrar as conquistas e de trabalhar pelas transformações que queremos ver. E, acima de tudo, é tempo de Botafogo!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Direito Justiça do Trabalho botafogo Leis Trabalhistas

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.