O noticiário político está de dar enjoo e preguiça em quem não pratica vale tudo nas redes sociais. A brigalhada vem vindo numa crescente, em várias direções, sem limite nem controle. Me peguei lembrando do aviso escrito na tabuleta pregada na entrada da gafieira. Era curto e grosso: “O ambiente exige respeito”. Não dava detalhes nem explicações, mas parecia se mostrar suficiente para garantir ordem e decência naquela casa de diversão, frequentada por gente de todo tipo e calibre.
É certo que uns tantos folgadões tenham sido convidados a se retirar do recinto, com palavras ou aos empurrões, para que o samba pudesse continuar fluindo. Isso para que os frequentadores voltassem a desfrutar a noite, dançando de rosto colado ou, simplesmente, tomando uma cerveja e conversando frouxo, sempre de olho nos movimentos de certos quadris ou em algum sorriso amistoso e promissor.
Melhor seria se esse pessoal nervoso voltasse a usar os dedos das mãos só pra coçar a cabeça, ajeitar a gravata, segurar os óculos ou qualquer outra coisa que não fosse digitar agressões e bobagens toscas no teclado. Dizem que muitas delas são fruto de brincadeira, arroubo juvenil ou problemas emocionais graves. Mas há também quem diga que se trata de ação orquestrada, parte de um projeto maquiavélico de poder familiar.
A estratégia seria a de viralizar uma pauta sempre excitante e polêmica, pensada para chamar a atenção e abastecer as conversas de pessoas mais desavisadas. Seu objetivo político seria o de manter a coesão e de ampliar a adesão aos grupos simpatizantes de uma direita emergente que vem tentando se organizar por aqui também.
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Sou dos que não entram nesse tipo de peleja nem gostam de participar de brincadeiras de mau gosto. Os últimos acontecimentos, incluindo denúncias e reações, fazem pensar que a movimentação dessa turma vai deixando de lado a razão, a confiança e o respeito, elementos indispensáveis ao convívio. É mais do que sabido que toda vez que o leão erra a patada ou perde o equilíbrio, as hienas mordem com vontade.
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