O Espírito Santo acelerou a caminhada na busca de um ponto de inflexão no perfil da sua economia. Refiro-me à agenda de Estado de mitigação da dependência relativa da economia do petróleo e da economia de exportação de commodities.
Já há alguns anos ouço de observadores nacionais da economia capixaba – empresários, acadêmicos e economistas – que o Espírito Santo seria o “nosso tigre asiático”.
Agora, vejo com satisfação que fomos incluídos no rol dos estados chamados de “onças brasileiras”: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.
A revista Exame, que publicou a matéria, se refere ao dinamismo econômico dessas regiões, aliado a investimentos em infraestrutura e maior autonomia financeira.
Paula Orrico afirma que as onças possuem forte desenvolvimento do agronegócio, da indústria e do setor imobiliário, “além de governos sólidos”.
No Espírito Santo, o dinamismo tem levado à descentralização de novos investimentos produtivos para o Norte do Estado e também para o Sul, diminuindo a concentração do PIB na região metropolitana e ao longo da costa capixaba.
Nesse contexto, a população do Espírito Santo e das outras onças brasileiras percebem uma qualidade superior nos serviços das áreas de saúde, segurança e educação.
Paula Orrico lembra que “esses estados possuem governo sólido, boas gestões e equilíbrio fiscal, fatores que permitem maiores investimentos". Segundo ela, no Espírito Santo a taxa de investimento próprio gira em torno de 20%, “um índice muito alto”.
A Exame mostra que nas onças brasileiras 68,3% da população afirmam se sentir seguros. No Brasil esse índice cai para 49,7%. No comércio exterior, as onças têm um diferencial estratégico. Esses estados representam 29% da corrente de comércio exterior, acima da sua participação no PIB nacional, que é de 20%. “Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná lideram a importação lideram a exportação de produtos agrícolas e industriais” revela a Exame.
Regionalmente falando, municípios ao norte como Linhares, Aracruz, Sooretama, São Mateus, Jaguaré e Conceição da Barra têm buscado ampliar a gama de segmentos da indústria. Os polos de Sooretama e de Linhares, por exemplo, e o Parklog, envolvendo Aracruz, Colatina, Fundão, Ibiraçu, João Neiva, Linhares, Serra e Sooretama, aceleram mudanças no perfil econômico do ES.

O Sul do Estado também tem avançado em novos investimentos. Por exemplo, o setor de rochas deixou de vender apenas blocos de mármore e granito e agora vende também chapas e outros produtos de maior valor agregado.
Essa mudança de perfil também é impulsionada pelos investimentos em turismo, em logística, em inovação e em economia digital.
Tudo somado, a economia capixaba tem apresentado boa média de crescimento do PIB regional no contexto nacional, com a expansão de novos investimentos que o colocam no rol dos estados mais competitivos do Brasil.
A agenda econômica realmente conquistou o patamar de agenda de Estado no Espírito Santo.
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