O Espírito Santo tem se destacado no cenário nacional apresentando indicadores positivos na economia e também no desenvolvimento social. Há quem diga que estamos vivendo um dos melhores momentos da nossa história, no que tange ao desenvolvimento.
Recentemente, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), que tem relevante atuação nas pesquisas de dados e informações sobre o Estado, divulgou os investimentos anunciados por diferentes setores econômicos para o Espírito Santo no período de 2023 a 2028. O montante de recursos chega a R$ 97,9 bilhões, entre públicos e privados.
O levantamento, tão bem detalhado pelo IJSN, revela o potencial da construção civil capixaba. Como diz o ditado: se a construção civil vai bem, a economia caminha bem. Até 2028, serão investidos pela construção civil no Espírito Santo R$ 36,8 bilhões, só ficando atrás da indústria extrativa, que concentra o setor de petróleo e gás, que prevê investimentos na ordem de R$ 43 bilhões.
A construção civil concentra 37% da carteira de investimentos do Estado até 2028, com 512 projetos. Já a indústria extrativa tem 22 projetos e corresponde a 44% da carteira. O levantamento feito pelo IJSN considera projetos com valor individual igual ou superior a R$ 1 milhão.
Quando olhamos para os dados que mostram investimentos concluídos por setores no Espírito Santo nos últimos cinco anos, a construção civil ocupa o primeiro lugar. Do total de R$ 6,6 bilhões em projetos concluídos, a construção foi a responsável por 47,4% do total, com 151 projetos, totalizando R$ 3,1 bilhões. São novas estradas, novos condomínios residenciais, mais moradia e saneamento entregues aos capixabas.
Outro dado que mostra essa pujança da construção civil no Espírito Santo é o aumento na arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do conjunto dos municípios capixabas, que alcançou R$ 649,4 milhões, em 2023, representando um aumento de 11,9% em relação ao ano anterior, em valores corrigidos pelo IPCA. Os dados foram divulgados no anuário Finanças dos Municípios Capixabas.
O desempenho de Vila Velha impulsionou o expressivo crescimento do conjunto: a receita do tributo no município saltou de R$ 125,5 milhões para R$ 162,9 milhões em um ano, o que significou um acréscimo de R$ 37,3 milhões, em números absolutos, ou de 29,8%, em termos proporcionais, já considerada a inflação. Não por acaso, o município é o maior canteiro de obras do Estado, concentrando quase 50% das 15.117
Vale ressaltar, ainda, o aumento na receita do IPTU em outras cidades mais populosas. Colatina registrou forte avanço na arrecadação, que disparou 73,2%. São Mateus, com 36,8% e Cachoeiro de Itapemirim, com 26,4%, também apresentaram um ganho considerável e foram seguidas por Aracruz, com 18,5%, e Cariacica, com 13,1%. Linhares e Guarapari apontaram variações positivas moderadas, com 8,8% e 7%, respectivamente.
Por isso, não temos receio em afirmar que a construção é o pilar do desenvolvimento econômico e também social, pois gera trabalho, renda e melhora a qualidade de vida das pessoas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do governo federal, mostra que no Espírito Santo são quase 70 mil trabalhadores com carteira assinada. Neste ano de 2024, apresentamos um saldo positivo de 5.133 vagas.
Sim, quando o setor da construção civil está bem, a economia também está.
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