*Douglas Vaz
Este ano ficará marcado no calendário pela entrega de importantes obras para melhorar a mobilidade na Região Metropolitana da Grande Vitória.
Para citar as principais: ampliação da Terceira Ponte e inauguração da Ciclovia da Vida; viaduto de Carapina; Rotatória do Ó e o Contorno do Mestre Álvaro, previsto para dezembro, bem como a ES-388, importante rodovia em Vila Velha.
São obras que vêm para tornar o nosso sistema viário seguro, eficiente e, assim, melhorar a qualidade de vida dos moradores, além de favorecer o ambiente de negócios, resolvendo os gargalos logísticos.
O Censo de 2022, divulgado este ano pelo IBGE, mostrou um crescimento populacional na Grande Vitória, com o número de habitantes saltando de 1.687.704 para 1.880.843 nos últimos 12 anos. Isso reflete a urgência com que se tem que buscar soluções para os gargalos que vão surgindo, à medida que a população vai aumentando.
Neste contexto, retorna à cena a necessidade de uma nova ligação entre Vitória e Cariacica. A já apelidada Quarta Ponte, uma alternativa viária para a Grande Vitória, percebida e abordada há mais de 30 anos.
Há mais de 10 anos, o governo do Estado apresentava à população o projeto executivo para a construção da Quarta Ponte, junto a outras ações em prol da mobilidade urbana da Grande Vitória, e anunciava que a obra estaria pronta em 2018.
Podemos dizer então que estamos cinco anos atrasados com a Quarta Ponte, haja vista que sua conclusão era prevista para 2018 e não passou do projeto executivo, que inclui até mesmo o estudo de impacto ambiental.
De acordo com o projeto apresentado à época pelo governo, os municípios de Vitória e Cariacica teriam uma nova ligação com a expectativa de desafogar o intenso trânsito na região da Grande Vitória.
A ponte iria contar com faixas exclusivas para ônibus e ciclovias. A estimativa do governo era de que as obras começassem no segundo semestre de 2014 com duração de quatro anos e que a ponte custasse cerca de R$ 500 a R$ 700 milhões. Isso em 2013.
A Quarta Ponte teria 36 metros de largura, duas faixas em cada um dos sentidos e ainda outras duas faixas centrais já elaboradas para a circulação dos coletivos do sistema BRT, o corredor exclusivo para ônibus. Dependendo das condições de trânsito, haveria como transformar essas duas pistas, exclusivas para ônibus, para o tráfego de veículos nos horários de pico. Haveria também ciclovias e calçadas. A estrutura dela seria estaiada.
O projeto da ponte era apenas parte do grande eixo viário que começaria na BR-101, no Contorno de Cariacica, e se estenderia até a região de Santo Antônio, em Vitória, desembocando na Rodovia Serafim Derenzi. O trajeto total deste eixo seria de 7,9 quilômetros de extensão. A ponte em si, teria algo próximo de 300 metros de extensão, e criaria novas rotas de acesso ao Centro da capital, segundo o governo.
A ponte em si, teria algo próximo de 300 metros de extensão, e criaria novas rotas de acesso ao Centro da capital, segundo o governo.
Difícil aceitar como no nosso país os projetos de infraestrutura caminham lentamente, chegando, na maioria das vezes, a se perder pelo caminho, acarretando gastos e retrabalhos. Precisamos ter políticas de desenvolvimento que sejam do Estado e não de governos. Os projetos não podem se tornar imbróglios, como acontece com frequência. Precisamos usar mais engenharia e menos burocracia.
Na época em que a Quarta Ponte foi anunciada, o governador disse, inclusive, que os recursos necessários para a execução das obras já estavam garantidos. Avançamos, sim, mas temos urgência de soluções para os problemas de mobilidade urbana da Grande Vitória.
As cidades crescem a uma velocidade bem superior à da solução encontrada para os problemas. Precisamos nos antecipar, planejar e executar.
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