*Eduardo Borges
Há poucos dias foi destacado pela imprensa que a cidade de Vitória ultrapassou o Rio de Janeiro nos preços médios de apartamentos, de acordo com o índice FipeZap, o que posiciona o município como a segunda capital no ranking de maiores preços de apartamentos.
No caso da matéria publicada em A Gazeta, no dia 4 de novembro, com minha contribuição, expliquei que dentre os fatores, há o fato de que Vitória é a menor capital do país, e que, por tal motivo, os imóveis residenciais de menor preço de nossa região metropolitana se encontram nos municípios vizinhos, o que ocorre em escala bem menor nas demais capitais estaduais, que possuem área territorial bastante superior.
A área territorial das capitais do Sudeste são: Vitória: 97 km², São Paulo: 1.521 km², Rio de Janeiro: 1.200 km², Belo Horizonte: 331 km².
Na área de Vitória ainda estão contempladas grandes áreas inabitáveis, como a destinada ao aeroporto, o maciço central e a Ilha de Trindade, entre outras.
Também ressaltei, na matéria, que isso fica ainda mais claro ao fazermos o recorte de áreas nobres das demais capitais, com base na mesma pesquisa FipeZap. A título de exemplo, frisei que Vitória tem área que se assemelha à Zona Sul da capital fluminense, onde os imóveis têm preço mais alto que Vitória.
Considerando-se a média simples dos preços médios de apartamentos dos três bairros mais nobres de cada capital, Vitória iria para a quarta posição das capitais estaduais, sendo as três primeiras do ranking as capitais dos demais Estados do Sudeste.
- Vitória: Enseada do Suá, Mata da Praia, Praia do Canto: R$ 12.195/m²
- Rio de Janeiro: Leblon, Ipanema, Lagoa: média R$ 19.621/m²
- São Paulo: Itaim Bibi, Pinheiros, Jardins: R$ 14.960/m²
- Belo Horizonte: Savassi, Santo Agostinho, Lourdes: R$ 12.889/m²
Sendo assim, vale destacar, sim, que Vitória teve a maior variação positiva de preços de apartamentos dos últimos 12 meses, com 20,99%, a maior das capitais estaduais. Quanto ao olhar de preço médio municipal, que coloca Vitória na segunda posição entre capitais estaduais, é também um indicador importante, cuja avaliação pode ser enriquecida com análises em maior profundidade das especificidades de cada capital estadual brasileira.
*Eduardo Borges é diretor de Economia e Estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon-ES)
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