Olá, cervejeiro! Sou Taynã Feitosa, sommelière de cervejas e cervejeira caseira. Aposto que você deve se lembrar de mim lá das edições impressas dominicais da Revista.AG, que publicava a coluna "Bora tomar uma?". A partir de hoje, passo a integrar o time de Gastronomia aqui no site de A Gazeta, com a coluna de cervejas que você já conhece, mas agora com uma pegada digital.
Nosso encontro será quinzenal, sempre às quartas. Curtiu? Então, vem comigo inaugurar esse mundo 4.0 com informações sobre a maior festa cervejeira do mundo: a Oktoberfest.
O evento acontece há séculos em Munique, no sul da Alemanha, e ganha versões menores em todo o mundo. Nós abaixo da linha do Equador não deixamos por menos: o Brasil realiza a segunda maior Oktoberfest, em Blumenau (SC); sedia uma enorme festa em São Paulo e tem no Espírito Santo, de quinta (10) até domingo (13) mais uma edição da Oktoberfest ES, na Prainha, em Vila Velha. Ao longo deste mês, diversos bares e casas cervejeiras capixabas também organizam suas próprias Oktober.
Eu, como boa cervejeira, sou louca para conhecer a maior celebração cervejeira do planeta. Mas será que a Oktoberfest é só cerveja? Já adianto que não, e afirmo: tem muita história por trás de tantos litros de chope, Fritz e Fridas e danças alemãs. Separei os cinco fatos mais bacanas para você:
1 - Duas semanas de festa
Munique, cidade da região da Baviera alemã, é o berço da Oktoberfest e por lá a festa não se limita ao mês de outubro: as celebrações duram duas semanas e sempre começam no fim de semana após o dia 15 de setembro, com encerramento no primeiro domingo de outubro. Haja cerveja!
2 - Litros e mais litros
Por falar em quantidade de cerveja, a média de litros da bebida consumidos na Oktoberfest supera os 7,5 MILHÕES! De acordo com o blog Socaltour Turismo, toda essa quantidade foi consumida só em 2018. Na edição mais recente da festa, o litro de chope custou, em média, 11,5 euros.
3 - Festança real
A origem real dessa festança toda se deu no ano de 1810, para celebrar o casamento do rei Luis I com a herdeira saxônica Theresa de Sachsen-Hildburghausen. Foram cinco dias de festa ao ar livre e o local das comemorações recebeu o nome de Theresienwiese, em homenagem à nova rainha. O sucesso foi tão grande e o evento tão bem aceito pelos moradores da região que a data se repetiu ao longo dos anos e foi antecipada para englobar também o mês de setembro, por conta das condições climáticas mais agradáveis.
4 - Lei de pureza
Todas as cervejas vendidas na Oktoberfest seguem fielmente a Lei da Pureza Alemã. Não poderia ser diferente, já que falamos de uma festa alemã na Alemanha! Na Escola Alemã de Cervejas, inclusive, existem estilos considerados oficiais para a Oktober. O mais famoso deles é o Märzen/Oktoberfest, que também tem história: essas cervejas eram produzidas entre os meses de outubro e março, por conta da facilidade de armazenamento em condições mais frias, há séculos atrás. Como o último mês de produção é março, veio o nome Märzen (março, em alemão). Ou seja: para a festa, esse estilo de cerveja está pronta para consumo.
5 - No canecão
Quem vai à Oktoberfest tem que se preparar para beber e não tem essa de pedir uma long neck ou uma latinha. Todas as cervejas são comercializadas nos famosos Masskrug, aqueles canecões singelos que são a cara do festival e têm capacidade para 1 litro de chope cada um. Lembre-se: a temperatura de serviço é bem próxima à temperatura ambiente. Então, quando estiver lá, esqueça o chope bem gelado e a caneca congelada. Ein Prosit!
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