Hoje, temos o investimento em imóveis como uma possibilidade tradicional para fazer o dinheiro “rodar” de alguma forma. Afinal, todos nós ainda moramos embaixo de um teto, não é mesmo? E essa é uma das formas de investimento ao lado de administração de negócios e fundos da bolsa de valores.
Assim como os demais tipos de investimentos, como a administração de negócios e fundos da bolsa de valores, é preciso considerar a gestão de riscos em relação aos valores envolvidos, a segurança da documentação, as possibilidades de negócios e a assessoria de profissionais qualificados na área.
Hoje, vemos cada vez mais mulheres em posição de investidoras do mercado imobiliário e administradoras de seus bens e imóveis. São viúvas, filhas e netas que estão tomando a frente da organização dos negócios da família por meio do inventário, por exemplo. As mais jovens estão mais atentas aos direitos e a fiscalização do patrimônio, desde o momento da escolha de bens no casamento, ou união estável, até nos processos de divórcios.
Além disso, também é possível observar jovens mais preocupados na administração dos imóveis de pais e avós. A geração dos anos 90, agora, começa a ter mais espaço no mercado com acesso à informação e busca por orientação profissional. Assim como uma maior exigência de transparência das informações com detalhes de análise dos impactos socioambientais dos imóveis e negócios.
Isso é o que tenho percebido com a minha atuação no mercado imobiliário, em conversas com colegas de outras profissões e a partir da análise de dados referentes à área. Sendo assim, separei algumas modalidades, além da bolsa de valores, para quem quer investir em imóveis e no mercado imobiliário. Confira:
1. Aluguel
Já vi clientes com imóveis no Brasil, no mesmo ou em Estados diferentes, e até em outros países. Quem tem produtos para locação precisa de uma forte habilidade de administração, assim como acompanhar o mercado. Isso porque o movimento das pessoas é muito rápido, já que a maioria busca por uma melhor qualidade de vida, por meio do trabalho, o que faz com que uma região se valorize e tenha maior interesse de moradia ou não.
Por isso, é importante ter uma assessoria especializada, por meio de corretores, imobiliárias e administradoras de imóveis, para ter uma tranquilidade maior em relação ao contrato de aluguel, IPTU, taxa condominial, seguro predial, índices de reajuste contratual. Já o acompanhamento por parte do advogado e/ou mediador permite a resolução de conflitos imobiliários de plataformas de gestão (administradora, imobiliária, etc), inquilinos e proprietários, com a negociação, planejamento tributário e imobiliário, análise contratual, questões de benfeitorias, obras e por aí vai.
2. Compra e venda
É uma prática bem comum de realizar compra de terrenos e imóveis urbanos ou rurais. Aqui, o cuidado está em realizar uma due diligence (diligência prévia) completa com a investigação e análise de todos os documentos. Além disso, todas as informações cadastrais, detalhes urbanísticos e ambientais, valores envolvidos na compra e administração, estudo da legislação para uso do local, vistoria técnica completa do imóvel e declaração de valores à Receita Federal, munícipio e Estado.
Ou seja, toda compra e venda de imóvel precisa ter o apoio preciso de corretor, advogado, engenheiro, arquiteto e contador em cada etapa que for necessária uma expertise mais técnica. O movimento errado pode custar um prejuízo em dinheiro, mas também um risco de ações judiciais, multas, crimes ou, até mesmo, vidas.
3. Leilão
Comum em filmes norte-americanos, o leilão é uma forma de aquisição do imóvel, justamente, por causa do dono anterior ter “vacilado” em alguma das obrigações. Com isso, o proprietário realiza o leilão sendo uma pessoa física, jurídica ou instituição financeira.
Aqui, a análise do edital, documentos e vistoria do imóvel é fundamental. Além disso, o estudo sobre o metro quadrado da região e a finalidade de uso, pode fazer com que aumente a rentabilidade em relação à essa forma de investimento. O risco aqui é, principalmente, sobre o estado do imóvel, geopolítica regional e ocupação do local com o ex-dono.
Por isso, nesse momento, a assessoria jurídica e de corretagem são importantes, bem como arquitetos e engenheiros para análise da destinação do imóvel pós-leilão, que pode ser reforma ou construção para venda ou locação, por exemplo.
4. Reforma
Muitas pessoas gostam de comprar imóveis antigos para revender, mas para isso acontecer é preciso uma reforma para repaginar o local. Além disso, se você possui o imóvel, reformar é uma das formas de deixá-lo com cara nova para morar, alugar ou vender futuramente.
Aqui, é fundamental procurar um engenheiro e/ou arquiteto para análise do local e a viabilidade, assim como um advogado para não infringir a legislação local, urbanística ou do próprio condomínio.
Lembre-se que as obras realizadas precisarão de licença, habite-se e autorização do condomínio (dependendo do caso).
5. Construção
Aqui, é o tipo de investimento usado principalmente por profissionais que atuam em empreiteiras, incorporadoras e construtoras. Construir não é uma tarefa para qualquer um justamente pela necessidade de estudo de viabilidade no seu todo. Análise do uso do solo, documentação do terreno, licença de construção/habite-se, critérios urbanísticos e ambientais são alguns pontos fundamentais para evitar multas, embargos de obras e até crimes imobiliários ou ambientais.
É fundamental que haja um estudo completo de riscos, venda e administração desta construção, bem como compliance imobiliário com os parceiros e contratados, já que influencia na vida dos vizinhos do local e o mercado imobiliário em seu todo.
Importância de regularização e legalização
Sabemos que um imóvel legalizado/regularizado possui muito mais chance de venda no mercado pela maior segurança e transparência no mercado imobiliário, e claro, as possibilidades de financiamento. Hoje, temos mais de 50% dos imóveis irregulares no Brasil com dívidas, falta de alvará/habite-se, além de irregularidade cadastral em cartório, prefeitura e órgãos.
Isso contribui para a imagem negativa do Brasil no exterior. Atualmente, temos ferramentas para que o estrangeiro tenha possibilidade de visto residencial por investir no país apenas para imóveis legalizados/regularizados, por exemplo.
Isso também traz maior liquidez ao imóvel no mercado para alugar, vender e construir. E ainda uma maior possibilidade de planejamento sucessório ao pensar nas próximas gerações da família.
Atuação no mercado imobiliário
Atuar no mercado imobiliário também é uma forma de investimento. Afinal, tempo, dedicação e trabalho são formas de fazer “o bolo crescer”. Hoje, nós temos diferentes profissões que atuam no mercado imobiliário, como advocacia, corretagem, engenharia e arquitetura.
Com isso, os profissionais atuantes no mercado precisam se planejar em vários sentidos para que o negócio cresça de forma planejada. Não há como atuar no mercado imobiliário de qualquer forma, é preciso ser um profissional da áreas, sócio ou investidor.
No momento, temos uma necessidade cada vez maior de compliance entre as empresas e profissionais, bem como direção executiva formada com visão ESG. Uma vez que existe uma necessidade crescente de adaptação ao mercado e questões socioambientais. Pessoas diversas atuando e morando em conjunto, mudanças climáticas que afetam e afetarão a sociedade e a forma de viver, a sociedade brasileira cada vez mais idosa e com problemas de locomoção (acessibilidade) são alguns tópicos sobre a gestão de empresas do mercado imobiliário.
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