Cássia Clésio é advogada especializada em planejamento imobiliário e traz, quinzenalmente, temas ligados ao dia a dia de quem está pensando em comprar, vender, construir, regularizar, investir ou alugar um imóvel.

Arquitetura de interiores, acompanhamento e gerenciamento: saiba as diferenças

A interconexão entre esses três serviços é fundamental para a realização de um projeto bem-sucedido, otimização de recursos e um ambiente de trabalho no qual todos os profissionais sabem sobre suas responsabilidades e objetivos

Publicado em 17/12/2024 às 22h58
Atualizado em 18/12/2024 às 01h58
Arquiteta
É fundamental entender as diferenças entre os serviços de arquitetura de interiores, acompanhamento e gerenciamento de obras. Crédito: Shutterstock

A construção ou reforma de um imóvel é um desafio que envolve decisões complexas e uma gestão eficaz de recursos e serviços. Nesse contexto, é fundamental entender as diferenças entre os serviços de arquitetura de interiores, acompanhamento e gerenciamento de obras, pois essas modalidades possuem características e responsabilidades distintas que podem impactar significativamente o sucesso de um projeto.

O arquiteto tem um papel central na criação de ambientes personalizados e funcionais. Ele é responsável por desenhar projetos detalhados sob medida de acordo com o briefing do cliente, gerenciando a escolha por fornecedores parceiros como marceneiros, pintores e eletricistas.

Parte do seu trabalho envolve o levantamento arquitetônico do espaço que resulta em desenhos técnicos e escolher os materiais que revestem pisos, paredes e tetos, sempre alinhando a estética à funcionalidade.

Ao final, esse serviço é caracterizado pelo projeto arquitetônico com os desenhos técnicos e/ou projeto de interiores de forma integrada com o objetivo principal de proporcionar um ambiente que reflita as necessidades e preferências do cliente.

Por outro lado, temos as demais modalidades de serviços de arquitetos mais envolvidos no momento da execução do projeto arquitetônico: o acompanhamento e o gerenciamento de obras. Cumpre ressaltar que o mesmo arquiteto pode fazer todos esses serviços a depender de sua especialização, mas temos uma segmentação no mercado imobiliário.

Geralmente, os arquitetos que fazem os projetos arquitetônicos e projeto de interiores não realizam as demais etapas de execução, por exemplo.

O acompanhamento de obras é uma opção indicada para clientes que desejam estar mais envolvidos na gestão dos serviços. Nesse modelo, o arquiteto oferece um suporte consultivo, realizando visitas ocasionais para supervisionar etapas específicas e esclarecer dúvidas técnicas.

Essa abordagem permite que o cliente participe ativamente do processo, garantindo que suas expectativas sejam atendidas. O arquiteto orienta sobre a execução das etapas, sugere ajustes quando necessário e assegura que as diretrizes do projeto sejam seguidas.

Em contraste, o gerenciamento de obras envolve uma abordagem mais abrangente. Neste modelo, o arquiteto é responsável pela gestão completa da obra, incluindo a supervisão diária, administração de recursos, gestão de pessoas e logística de materiais. A presença constante do profissional permite uma tomada de decisão rápida e eficaz, tanto em situações preventivas quanto corretivas.

O gerenciamento assegura o controle e a qualidade em todos os estágios da execução do projeto, garantindo que cada detalhe seja realizado conforme planejado. Além disso, o profissional gerencia toda a orçamentação, a contratação de fornecedores e a mão de obra, resultando em uma obra mais eficiente e bem-sucedida.

A principal diferença entre acompanhamento e gerenciamento reside na responsabilidade e na presença do profissional durante a execução da obra. Enquanto no acompanhamento a função do arquiteto é assegurar que a implementação do projeto siga as diretrizes previamente acordadas com o cliente, no gerenciamento o arquiteto assume a responsabilidade total pela administração e execução do projeto.

Outra diferença importante é a abrangência dos serviços. O acompanhamento é focado em visitas ocasionais e supervisão pontual, enquanto o gerenciamento abrange toda a logística, resultando em uma presença mais constante e diária do arquiteto na obra.

Decidir entre acompanhamento e gerenciamento de obras deve levar em conta, principalmente, a complexidade do projeto e o nível de envolvimento desejado.

Para aqueles que buscam um controle mais detalhado e desejam minimizar riscos, o gerenciamento é a melhor opção. Já para clientes que buscam uma alternativa mais econômica, o acompanhamento pode ser viável, desde que as responsabilidades estejam bem definidas e o cliente esteja preparado para lidar com possíveis imprevistos.

Independentemente da escolha, contar com a orientação de um profissional qualificado, como um arquiteto, é fundamental para assegurar a qualidade e a eficiência do projeto, evitando que a falta de acompanhamento resulte em obras mal executadas e insatisfatórias.

A interconexão entre esses três serviços é fundamental para a realização de um projeto bem-sucedido. A colaboração entre o arquiteto de interiores e o gerente de obra, juntamente com o acompanhamento adequado, garante que a visão criativa se alinhe com a execução prática, minimizando falhas de comunicação e maximizando a eficiência.

Essa combinação não só contribui para a otimização de recursos, mas também promove um ambiente de trabalho no qual todos os profissionais envolvidos têm clareza sobre suas responsabilidades e objetivos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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