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Dia do Cinema Brasileiro: Conheça 7 livros nacionais que viraram filme

A data, comemorada no dia 19 de junho, celebra a diversidade das produções nacionais. Confira a nossa lista e se prepare para maratonar

Vitória
Publicado em 19/06/2024 às 13h09
Descubra livros nacionais para comemorar a data e valorizar a cultura brasileira. 
Descubra livros nacionais para comemorar a data e valorizar a cultura brasileira. 

Dia 19 de junho é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. A data foi escolhida em homenagem ao dia em que Afonso Segreto, cinegrafista e diretor ítalo-brasileiro, gravou as primeiras imagens do país no ano de 1898.

Muitos clássicos do cinema surgiram de obras literárias e aqui no Brasil não foi diferente. Confira algumas a seguir.

Bom dia, Verônica - Série com adaptação da Netflix

Em 2020, a história de uma policial que presencia um suicídio dentro da delegacia após uma denúncia de abuso chamou a atenção de todo o país. O drama Bom dia, Verônica virou um sucesso de 3 temporadas da Netflix com um elenco de peso: Tainá Muller, Eduardo Moscovis, Camila Morgado, Klara Castanho, Rodrigo Santoro e Reynaldo Gianecchini.

A série teve origem no livro de mesmo nome, escrito por Ilana Casoy e Raphael Montes.

Conheça o livro que originou a série. Crédito: Divulgação
Conheça o livro que originou a série. Crédito: Divulgação

Bom dia, Verônica, de Ilana Casoy e Raphael Montes | Companhia das Letras

Sinopse: Um marco da literatura policial brasileira, com mais de cem mil exemplares vendidos e uma adaptação pela Netflix, agora em nova edição. Bom dia, Verônica nos leva às profundezas da loucura e do vício humanos, em um thriller carregado de tensão, com viradas inesperadas e personagens cativantes.

Verônica Torres trabalha no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, da Polícia Civil em São Paulo. É secretária de Carvana, um delegado pouco confiável, e filha de um respeitado policial, que teve um fim trágico e não totalmente esclarecido.

Verônica está afastada de qualquer tipo de investigação, mas, ao presenciar o suicídio de uma mulher em seu trabalho, a fragilidade da vítima e as estranhas circunstâncias que a levaram à delegacia a colocam na trilha de um abusador com requintes de crueldade. Quando recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada, ela seguirá as pistas de uma série de crimes ainda mais sombrios.

Janete é uma dona de casa devotada, que obedece Brandão, seu marido, pelo absoluto terror que nutre por ele. Policial militar, ele está acima do bem e do mal e pratica crimes sexuais de extrema violência e sadismo, em que ela é obrigada a participar — primeiro, aliciando mulheres; depois, acompanhando o desenrolar de suas mortes.

As vidas de Verônica e Janete se entrecruzam e as levam aos limites da violência e da loucura. Ao narrar suas histórias, Ilana Casoy e Raphael Montes criam um thriller sem paralelos na literatura policial brasileira, com uma trama complexa — e uma investigadora inesquecível.

Auto da Compadecida - Filme de 2000

Um dos maiores sucessos cinematográficos dirigido por Guel Arraes e com nomes como Selton Mello, Matheus Nachtergaele, Fernanda Montenegro e Marco Nanini, o Auto da Compadecida conta as aventuras de João Grilo e Chicó na pequena cidade de Taperoá.

A obra, adaptada do clássico de mesmo nome escrito por Ariano Suassuna, fez tanto sucesso que, 25 anos depois, terá sua sequência marcada para estrear no dia 25 de dezembro de 2024.

Leia um dos clássicos da literatura brasileira. Crédito: Divulgação
Leia um dos clássicos da literatura brasileira. Crédito: Divulgação

Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna | Nova Fronteira

Sinopse: O "Auto da Compadecida" consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".

A paixão segundo G.H. - Filme de 2024

Novidade nos cinemas brasileiros, A Paixão Segundo G.H. estreou no dia 11 de abril de 2024, com direção de Luiz Fernando Carvalho e estrelando Maria Fernanda Cândido.

Publicado em 1964 pela autora Clarice Lispector, os temas abordados no livro seguem muito atuais: com a perda de uma paixão, a personagem se sente em queda livre.

Conheça a escrita envolvente de Clarice. Crédito: Divulgação
Conheça a escrita envolvente de Clarice. Crédito: Divulgação

A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector | Rocco

Sinopse: Clássico de Clarice Lispector que inspirou o filme A Paixão de G.H., do diretor Luiz Fernando Carvalho com Maria Fernanda Cândido.

Clarice, me dá tua mão.

Tudo parece de novo impossível nesse frêmito de eternidade que é o presente, mas confio na nossa aproximação: aconteceu daquela vez o impensável; adaptar A paixão segundo G.H. para o teatro. Não fui sozinha como você, embora quando estive ali, cara a cara com a barata, era eu mesma, sozinha como um caco de vidro, um cachorro e uma galinha estão sós e cara a cara.

Com o quê?

Consigo.

Eu fui, ao encarnar durante mais de dois anos a G.H. num monólogo para o teatro – adaptado por Fauzi Arap e dirigido por Enrique Díaz –, uma pessoa sem a pessoa que eu era antes para fazer companhia para mim mesma. Fui perdendo as cascas, o invólucro, mergulhando em águas cada vez mais densas e profundas, perdendo o contorno humano, transladei para outra, outro lugar, desconhecido, terrível e maravilhoso, que não eu.

Mas houve as mãos que me ajudaram na travessia.

As suas mãos, Clarice.

As suas mãos de escritora que tantas vezes anseiam as nossas para irmos contigo, nessa grande odisseia de uma mulher que viaja para dentro de si e se despersonaliza. Ela desvira o Eu. Ela se te revira. Não é brincadeira o que acontece aqui, é coisa que se lê e se toma e entra no próprio sangue, é saber xamânico, potente, destruidor e revivificador. Nada se cria sem desfazer essas camadas de noções fossilizadas sobre nós mesmos e o mundo. Tuas palavras agem sobre mim, ainda e sempre.

Agora, neste ano de 2020, é seu aniversário de 100 anos.

A paixão foi escrito em 1964. Imagino você aqui escrevendo sobre o agora, o momento presente atravessando as paredes de sua casa e de seu corpo e se metamorfoseando em palavras que você escreve e essas palavras agem, transformam a vida.

Nós estamos olhando a vida que se nos olha, Clarice.

A vida se nos é, e se me é, tão radicalmente agora, que voltei a andar com teu livro colado em mim. Livro que é registro desse tempo eterno onde fracassamos e vamos de novo, com o fracasso das nossas existências e palavras.

Das milhares de apresentações possíveis que eu poderia fazer, eu escolho dizer sim; sim, leia este livro como experiência que se vive. Entrar pelo corpo, e ir com as palavras mais "pelo que elas fazem do que pelo que elas falam", ir com G.H., atravessando esses portais e ir se perdendo nas paredes, nos hieróglifos da casa, nas marcas deixadas pelo outro, e ir indo, parando e recuperando o fôlego até mergulhar completamente nesta obra extraordinária que nunca mais vai parar de acontecer.

— Mariana Lima,Atriz e produtora

Que horas ela volta? - Filme de 2015

Em 2015, a história da empregada doméstica Val emocionou o país. Com o objetivo de dar uma vida melhor para a filha Jéssica, a pernambucana se muda para São Paulo para trabalhar. Alguns anos depois, a filha vai para a cidade prestar vestibular e fica hospedada na casa dos patrões da mãe.

Dirigido e roteirizado por Anna Muylaert, que também é autora do livro, o filme estrelado por Regina Casé, Camila Márdila e Karine Teles traz um debate importantíssimo sobre classes sociais.

Uma obra potente, com críticas fortes e precisas. Crédito: Divulgação
Uma obra potente, com críticas fortes e precisas. Crédito: Divulgação

Que horas ela volta?, de Anna Muylaert | BrLab

Sinopse: "O maior privilégio é o de nem mesmo precisar pensar nos seus privilégios". Esta frase, referindo-se aos brancos, foi dita durante um debate histórico sobre racismo, ocorrido em 2015, no Itaú Cultural, por um jovem negro da periferia de São Paulo que estava na plateia. Que horas ela volta? retrata o momento em que esse privilégio do privilégio foi arrancado da classe média brasileira. O momento delicado, tenso como um varal de roupas bem esticado, que acontecia dos muros para dentro das casas, ou da porta para dentro dos apartamentos. O momento que seria determinante para tudo o que aconteceria nos anos seguintes no Brasil.

Anna Muylaert, com seu olhar afiado (não como faca, mas como agulha) para as subjetividades que fazem rodar o mundo objetivo, percebeu – e contou – essa história. Que horas ela volta? não é apenas um ótimo filme e um ótimo roteiro. É um filme e um roteiro que retratam o tempo que pariu outros tempos.

Se, no início dos anos 2000, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund, deu notícias do país que não tinha mudado, apesar da volta da democracia e das ambições da Constituição de 1988, Que horas ela volta? é o filme icônico do momento em que a tensão racial e social ocultada no Brasil por tantas falsificações ao longo das décadas foi exposta ao sol do verão em toda a sua gloriosa monstruosidade." Eliane Brum

Pai em Dobro - Filme da Netflix

Criada no meio da natureza em uma comunidade hippie, Vicenza está cercada de paz, harmonia e equilíbrio. Mas, após completar 18 anos, ela decide confrontar a única coisa que a incomoda: o mistério sobre quem é seu verdadeiro pai. Em sua busca incansável, ela se depara com a possibilidade de não ter apenas um, mas dois pais.

Com roteiro de Thalita Rebouças, o filme tem o estrelato de Maisa Silva, Eduardo Moscovis, Marcelo Médici e Fafá de Belém.

Aprecie o cinema e literatura nacionais. Crédito: Divulgação
Aprecie o cinema e literatura nacionais. Crédito: Divulgação

Pai em dobro, de Thalita Rebouças | Rocco

Sinopse: Vincenza é uma menina doce e superespiritualizada que cresceu em uma vila ecológica longe de sinal de celular e de toda a poluição da cidade. Tudo parece ser uma maravilha, mas ela sabe que um pedaço dela está faltando. O mistério que sua mãe mantém sobre seu pai é algo que Vicenza não consegue deixar para lá, e todo ano no dia do seu aniversário ela faz o mesmo pedido: saber quem ele é.

Depois de sempre ouvir um "não"; como resposta, ela está quase desistindo. Quase. Porque o universo não brinca em serviço e algumas pistas no dia em que completa 18 anos podem acabar levando a menina direto para o seu pai... Ou pais?

Em sua primeira obra a nascer nas telinhas, num roteiro original para a Netflix, Thalita Rebouças nos apresenta novamente um universo leve e divertido, em que vemos que o amor surge das maneiras mais inesperadas e pode estar em um bloco de carnaval no Rio de Janeiro, numa cachoeira que encanta gerações de famílias ou até mesmo em um suco verde horroroso.

"Pai em dobro é uma história que emociona, gera identificação, riso, reflexão. Thalita cria um universo todo especial pra Vicenza e, mesmo assim, deixa sua história mais realista a cada parágrafo. Quanto aos seus dois pais... bem, o que posso dizer? Você vai descobrir durante a leitura como cada um deles se encaixa no mundinho da Vicenza, apesar de suas personalidades tão peculiares, e vai torcer tanto quanto eu pra esse final ser feliz. Gratiluz!"- Maisa

O vendedor de sonhos - Filme de 2016

Frustrado com a própria vida, um psicólogo está prestes a cometer suicídio quando um morador de rua o impede. Entre conversas inspiradoras e debates profundos, uma amizade se forma com um novo olhar para a vida e caminhos alternativos para seguir.

Com Dan Stulbach como protagonista da história, o filme adaptado da obra de Augusto Cury estreou em 2016 e emocionou muitas pessoas.

Se emocione com a obra de Augusto Cury. Crédito: Divulgação
Se emocione com a obra de Augusto Cury. Crédito: Divulgação

O vendedor de sonhos, de Augusto Cury | DreamSellers

Sinopse: Um homem maltrapilho e desconhecido tenta impedir que um intelectual se suicide. Um desafio que nem a polícia nem um famoso psiquiatra tinham sido capazes de resolver. Depois de abalá-lo e resgatá-lo, esse homem, de quem ninguém sabe a origem, o nome ou a história, sai proclamando aos quatro ventos que as sociedades modernas se converteram em um hospício global.

Com uma eloquência cativante, começa a chamar seguidores para vender sonhos em uma sociedade que deixou de sonhar. Nada tão belo e tão estranho.

De volta aos quinze - Série da Netflix

Anita está totalmente insatisfeita com sua vida. Aos 30 anos, nada está sendo da forma como ela imaginou que seria. Com um passe de mágica, ela recebe a oportunidade de ter 15 anos novamente, podendo reviver sua adolescência e fazer novas escolhas. Contudo, essa possibilidade pode ser muito mais difícil do que ela pensa.

A obra da autora Bruna Vieira foi adaptada em formato de série para a Netflix em 2022 e é um sucesso de audiência. Estrelando Camila Queiroz, Maisa Silva, Klara Castanho e João Guilherme, o seriado ainda está em andamento e logo terá a estreia da terceira temporada.

Leia obras nacionais e aprecie a produção brasileira. Crédito: Divulgação
Leia obras nacionais e aprecie a produção brasileira. Crédito: Divulgação

De volta aos quinze, de Bruna Vieira | Gutenberg

Sinopse: O livro que inspirou a série da Netflix. O que você faria se pudesse voltar no tempo? Será que, ao fazer escolhas diferentes, você conseguiria mudar sua vida para melhor? Anita tem 30 anos e sua vida é muito diferente do que sonhou para si mesma. Um dia, ao reencontrar seu primeiro blog, escrito quando ela tinha 15 anos, algo inusitado acontece, e tudo ao seu redor se transforma de repente. Com cabeça de adulto e corpo de adolescente, Anita se vê novamente vivendo as aventuras de uma das épocas mais intensas da vida de qualquer pessoa: o ensino médio. Ao procurar modificar acontecimentos, ela começa a perceber que as consequências de suas atitudes nem sempre são como ela imagina, o que pode ser bem complicado. Em meio a amores impossíveis, amizades desfeitas e atritos familiares, Anita tentará escrever seu próprio final feliz em uma misteriosa página na internet.

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