
As águas de março fecharam o verão já faz algum tempo, mas fato é que o calor continua, independentemente da estação. Em um país onde as altas temperaturas são quase uma constante, o vidro pode ser a saída para deixar a casa mais fresca e confortável.
Mas claro, não é qualquer material que trará uma solução mágica. Para quem busca conforto térmico e economia de energia, os vidros que protegem contra a radiação surgem como uma opção, pois, de acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros (Abravidro), eles são capazes de barrar até 70% da entrada de calor no imóvel.
Esse tipo de vidro pode ser usado em janelas, portas e até para substituir paredes de alvenaria, preservando também os móveis da residência.
Sobre a energia, a escolha de um material adequado pode ser a saída para maior economia. “O investimento feito nesses vidros é compensado ao longo do tempo, com a redução do gasto de energia elétrica”, pontua Luiz Cláudio Rezende, consultor técnico da Viminas Vidros Especiais.
Essa redução acontece pois, ao impedirem o excesso de calor, os vidros reduzem a necessidade do uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, uma vantagem e tanto num cenário em que a climatização da casa representa, em média, 30% do consumo de energia elétrica em um domicílio brasileiro, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Escolha consciente
Para que todas essas vantagens sejam de fato aproveitadas, é importante compreender, novamente, que o vidro não é um material só. Existem diferentes tipos de vidros especiais, cada um com características específicas que atendem a diversas demandas arquitetônicas e climáticas.
Dentre eles, os tipos mais utilizados são o vidro refletivo, vidro laminado com proteção solar e vidro insulado, conhecido como “duplo”, que também oferece isolamento acústico. “Antes de tirar um projeto do papel, é essencial consultar um vidraceiro de confiança para indicar o vidro mais adequado para cada aplicação”, orienta Luiz Cláudio.
O vidraceiro Antônio Fernando Pereira conta que já é comum a procura de clientes por vidros que garantam o conforto térmico e acústico no ambiente, seja na residência, seja no escritório.
“Os clientes procuram vidros por diversos motivos. Para aumentar a segurança, vidros resistentes como os temperados e laminados são ideais e, para resolver problemas de acústica, vidros com PVB acústica e maior espessura são a pedida. No quesito térmico , os vidros laminados coloridos e de proteção solar são os grandes aliados e mais procurados”, comenta.
Com a grande procura por vidros que proporcionem uma casa termicamente confortável, entenda os diferentes tipos de radiação e qual vidro é mais adequado para cada uma delas:
Radiação ultravioleta (UV)
Essa radiação é responsável pela degradação de tecidos e móveis e a exposição excessiva aos raios UV pode causar danos à pele, como queimaduras solares, envelhecimento precoce e, em alguns casos, câncer de pele. A radiação pode ser atenuada com vidros laminados com polivinil butiral, o PVB, que elimina até 99.6% dos raios UV. O PVB fica entre as chapas de vidro e pode ser incolor, branco, jateado ou colorido.
Luz visível
A luz visível, que pode vir de fontes naturais, como o sol, ou de fontes artificiais, como lâmpadas e telas de dispositivos eletrônicos; pode ser detectada a olho humano e é responsável por ajudar na concepção humana das cores. Em excesso, ela causa desconforto visual e aquece o ambiente. Nesse caso, vidros coloridos ou pintados em tons de verde, azul, fumê e bronze ajudam a controlar a luz visível, evitando ofuscamento e reduzindo a temperatura.
Radiação infravermelha (IV)
A radiação infravermelha é invisível ao olho humano, mas é percebida como calor, logo, é a principal responsável por essa sensação térmica no interior da casa. Para evitar o desconforto, vidros com proteção solar metalizada, ou seja, que recebem uma camada de óxidos metálicos que refletem os raios infravermelhos, são a pedida para diminuir a sensação térmica interna.
Expo Revestir trouxe novidades em revestimentos e acabamentos
Chega ao mercado revestimento sem juntas ou emendas
Lilit™, novo revestimento da empresa Monofloor
Os projetos com inspiração no brutalismo, modernismo e minimalismo vão ganhar um novo revestimento queridinho. Isso é o que promete o Lilit, primeiro revestimento monolítico brasileiro com aglomerante à base de resina, que foi lançado pela empresa curitibana Monofloor.
De acordo com o diretor comercial da Monofloor, Rodrigo Correa, o diferencial do produto está em sua estética e experiência sensorial, visto que não apresenta linhas ou emendas. “Isso cria uma sensação de continuidade visual que amplia os ambientes e promove uma estética limpa, elegante e atemporal”, afirma.
Além disso, Correa também afirma que o material traz conforto tátil, térmico e ainda facilita na hora de limpar a casa, já que sua ausência de juntas torna a manutenção diária mais simples. O uso da resina também é uma melhoria em relação a outros materiais mais convencionais, comumente usados em projetos.
“Com a resina, alcançamos resistência superior a riscos, manchas, trincas e umidade, além de altíssima aderência ao substrato. Quando comparamos com materiais similares, como o microcimento, cimento queimado e outros, a diferença se acentua ainda mais. Muitos desses produtos, na prática não entregam a mesma performance ou sensação contínua. Sempre haverá uma rusticidade excessiva, uma trinca, permeabilidade ou baixa resistência a manchas”, finaliza.
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