É delegado da Polícia Federal no Espírito Santo, ex-secretário de Segurança do Espírito Santo, ex-secretário da Justiça e ex-secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, mestre em Gestão Pública pela Ufes

Qual será a minha missão na Interpol?

A partir do próximo mês eu e minha família nos mudaremos para Lyon, França, cidade onde funciona a sede da Interpol. Não tenho dúvidas de que esta será a missão mais desafiadora da minha carreira

Publicado em 09/11/2024 às 02h01

Algum tempo se passou desde que deixei a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo (Sesp). Foram 6 intensos meses à frente de uma das mais complexas pastas do Governo do Estado. Ter contribuído para a construção de um Espírito Santo mais seguro para todos os capixabas sempre será um de meus maiores orgulhos em minha vida profissional.

No pouco tempo em que ombreei com os homens e mulheres que se dedicam diariamente à segurança de nosso Estado tivemos excelentes resultados. O primeiro semestre de 2024 foi o menos violento de todos os tempos. Além da consistente redução no número de homicídios, também reduzimos os crimes patrimoniais e lançamos o Programa Recupera, restituindo centenas de celulares furtados e roubados às vítimas e aumentando a sensação de segurança das pessoas.

Quis o destino, no entanto, que após esse breve período à frente da Sesp, outra missão viesse ao meu encontro. Servir à maior organização internacional policial do mundo, a famosa Interpol.

Em 101 anos de existência, pela primeira vez a Interpol terá um secretário-geral que não é europeu ou americano. O delegado de Polícia Federal e então diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal, Waldecy Urquiza, foi eleito pelo Comitê Executivo da Organização em junho e essa escolha foi ratificada por 96% dos países membros presentes na 92ª Assembleia Geral da Interpol, que aconteceu dia 05/11, em Glasgow, Escócia. Estar presente neste momento histórico para o Brasil e para a cooperação policial internacional foi emocionante.

Ter recebido o convite para compor o time do atual secretário-geral da Interpol foi uma grande alegria e motivo de muita honra. Obviamente, não foi uma escolha fácil. Como disse, o trabalho à frente da Sesp estava rendendo muitos frutos e poder contribuir com a construção de um Estado mais seguro era motivo de grande realização pessoal e profissional. Além disso, a missão na Interpol pressupõe uma mudança radical não apenas no campo profissional, mas na minha vida pessoal.

Interpol
Interpol. Crédito: Site da Interpol

A partir do próximo mês eu e minha família nos mudaremos para Lyon, França, cidade onde funciona a sede da Interpol. Não tenho dúvidas de que esta será a missão mais desafiadora da minha carreira. Por outro lado, contribuir com a segurança dos países (inclusive do Brasil) atuando em uma das mais respeitadas, atuantes e eficientes organizações internacionais do mundo será uma experiência única.

Como sempre fiz em cada missão que aceitei, continuarei dando o melhor de mim. Espero estar à altura do desafio e bem representar não apenas o Brasil, mas também a Polícia Federal brasileira. Nesse mundo globalizado, com intensa atuação de organizações criminosas transnacionais, não há outro caminho senão a cooperação internacional.

Quando se trata de crime transnacional, devemos pensar e atuar globalmente, para que os resultados sejam efetivos. Essa será minha missão na Interpol! Lado a lado com homens e mulheres de vários países do mundo, vamos trabalhar incessantemente para construir, a cada dia, um mundo mais seguro.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Bbc

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.