É melhor pedir perdão do que pedir licença. Esse é um mantra de quem pretende praticar a inovação dentro de uma empresa. Ousadia deve ser premiada. Quem tem medo se recolhe e não ousa, evita sugerir. Outro mantra seria “empregados seguem as pernas e não a boca dos dirigentes”. Quem quer inovar deve dar o exemplo e não fazer só da boca para fora. É fundamental implantar a cultura da inovação na empresa.
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Por analogia, podemos estender a argumentação para o nosso Estado do Espírito Santo. O governo do Estado sinaliza com um animador Governo Inovador, com a digitalização de processos e com o fim do papel. O ecossistema privado inaugura o FindesLab criando um novo símbolo.
O icônico disco voador no topo do prédio da Findes tem a arquitetura premonitória compatível com a transformação que pretende incentivar na indústria capixaba.
Grandes empresas apresentam desafios tecnológicos para que startups que se instalarão ali proponham soluções apoiadas pela estrutura montada que não é só física, mas inclui equipamentos, mentores, recursos financeiros e parcerias com instituições de fora do Estado.
A meta é ambiciosa, mas factível: criar 200 startups em dez anos e atrair R$ 100 milhões em investimentos. É a inovação aberta na prática. Muitas empresas e entidades criaram recentemente os seus Labs ou Hubs para abrigar startups, criar novos negócios, promover parcerias, difundir conhecimento e acelerar a inovação: Sicoob, Sebrae, Águia Branca, Arcelor e Bandes.
Vieram se juntar às incubadoras (Tecvitória foi pioneira), aceleradoras e coworks que aparecem todos os dias, ao Vale da Moqueca e aos fundos e investidores-anjo que começam a circular. Todos podem ser turbinados com os anunciados 79 milhões de recursos do Funcitec, grande parte fruto de impostos dos distribuidores capixabas do Sincades.
Um grupo composto por representantes da sociedade, poder público, instituições de ensino e empresas – denominado Mobilização Capixaba para a Inovação –, lançou o “Manifesto da Inovação”. As metas previstas em dez anos são: colocar o ES entre os cinco Estados mais inovadores do Brasil; ampliar o número de empresas inovadoras (startups) nascentes no Espírito Santo; e ter 20% de empresas baseadas em tecnologia e inovação entre as 200 maiores empresas do Estado. Finalmente caiu a ficha para todo mundo: todos os negócios caminham para ser, total ou em grande parte, digitais.
Enfim, o nosso ecossistema da inovação, simbolizado pela estrutura de nave espacial, que parecia abandonada e desconectada da nave mãe, agora energizado, decolou para a maturidade. Partiu inovação.
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