Um futebol frágil e uma temporada sem títulos, que teve como gota d’água a humilhante derrota por 8 a 2 para o Bayern de Munique nas quartas de final da Liga dos Campeões. Diante desse cenário vexaminoso para o Barcelona, um dos maiores times do mundo, o ato final traz a iminente saída do craque argentino Lionel Messi, maior ídolo da história clube.
Nesta última semana, o argentino comunicou à diretoria seu desejo de deixar o clube. Não apenas deixar, mas utilizar uma cláusula que lhe permite romper unilateralmente o contrato e, assim, retirar qualquer possibilidade de o Barcelona ao menos obter um retorno financeiro. Messi sairia de graça e pela porta dos fundos.
Um acontecimento que certamente choca o mundo da bola. Para quem acompanha futebol há pelo menos uns 16 anos é até difícil desvincular Messi do Barcelona. Um casamento de sucesso há anos e que brindou o futebol com momentos mágicos para os amantes do esporte. Mas como diz a canção, “todo carnaval tem seu fim”.
Com a camisa do time catalão, Messi acumula 731 jogos, 634 gols e, entre os títulos mais importantes, estão quatro Ligas dos Campeões da Europa, três Mundiais de Clubes, dez campeonatos espanhóis, seis Copas do Rei e “de quebra”, faturou o prêmio de melhor jogador do mundo seis vezes.
Os resultados desta última temporada refletem o desgaste político e a perda de filosofia esportiva do clube. O Barcelona do técnico Pep Guardiola, que encantou o mundo entre 2008 e 2012, se perdeu. Mesmo com algumas conquistas pelo caminho, a fórmula mudou, e o elenco começou a apresentar sinais de desgaste. Alguns atletas, já em idade mais avançada, não respondem mais às expectativas do futebol total praticado hoje na Europa.
A reformulação se mostra evidente. A temporada sem nenhum título escancarou essa necessidade. Recém-anunciado como o novo técnico do clube, Ronald Koeman já anunciou que não permanecerá com o atacante Luis Suárez e o meia Vidal no elenco. Após a derrota para o Bayern, o zagueiro Piquét, um dos símbolos desse elenco, desabafou ao dizer que “se tiver que sair, se tiver que sangrar, eu sou o primeiro a sair e deixar o clube”. Deixando claro o péssimo clima nos bastidores do time catalão.
Sem ter nada a ver com isso, o Manchester City desponta como o possível futuro de Messi, para o craque reencontrar o técnico Pep Guardiola e tentar achar a felicidade mais uma vez. Se a tristeza é grande em Barcelona, a alegria pode desembarcar em Manchester.
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