É oficial! Neymar é jogador do Al-Hilal. O clube saudita anunciou oficialmente o atacante brasileiro na tarde desta terça-feira (15). O mundo árabe se tornará a casa de Ney nos próximos dois anos. Uma rota de fuga perfeita para um jogador rechaçado pelo Paris Saint-Germain, descartado pelos grandes clubes da Europa, e que insiste em desperdiçar seu potencial. Aos 31 anos, o craque desembarca em um futebol que oferece muito dinheiro e pede pouca responsabilidade. É profissionalmente decepcionante.
Quando brilhou com a camisa do Barcelona, Neymar carregava a expectativa de ser o expoente do futebol mundial após a era Messi/Cristiano Ronaldo, mas isso nunca chegou nem perto de se concretizar. Em 2017, no auge de sua performance física e técnica, Neymar escolheu sair da sombra de Messi no Barcelona e buscar o protagonismo máximo no PSG. Talvez a pior decisão de sua carreira.
Desde então, Neymar não foi campeão da Liga dos Campeões, e nem faturou o prêmio de melhor jogador do mundo, vendo até jogadores com menos talento alcançar a premiação. Na Seleção Brasileira, o sonho de conquistar a Copa do Mundo continuou parando nas quartas de final. Dentro de campo poucos momentos decisivos, mas fora do gramado não faltam acontecimentos em sua vida de celebridade.
A essa altura da carreira já se esperava muito mais de Neymar, porém o atacante está indo se refugiar no mundo árabe. A quantidade de dinheiro que o brasileiro vai receber é estratosférica: R$ 1,7 bilhão em dois anos, cerca de R$ 2,3 milhões por dia. Entretanto, estamos falando de Neymar, que já conquistou sua independência financeira e de vários gerações que virão a seguir.
Por isso, a discussão que muitos propõe: “Você não aceitaria essa quantidade de dinheiro” é rasa. Não estamos tratando de um profissional que tem sua primeira grande oferta na carreira, mas sim de um jogador que inclusive já alcançou esse valor como patrimônio.
Como não se trata apenas de recursos financeiros, mas de desejo de estar entre os melhores, atuando em alto nível e fazer história no esporte, podemos perceber que Neymar se mostra desinteressado em qualquer competitividade. Decidiu escolher um país com uma quantidade menor de jogos na temporada, que não vai exigir que esteja usando toda sua capacidade para ser decisivo… o caminho mais fácil.
Cada um escolhe seu estilo de vida e é soberano nessa decisão. Neymar escolheu, bom para ele. Para os amantes de futebol, o potencial do “Menino Ney”, e no que ele poderia se transformar no esporte vai ficar só no imaginário. Uma pena.
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