Os últimos anos vem sendo terríveis para a Seleção Brasileira. E neste domingo (11), mais uma vergonha foi registrada. O Brasil está fora dos Jogos Olímpicos de Paris no futebol masculino. A equipe comandada pelo técnico Ramon Menezes foi derrotada pela Argentina por 1 a 0, neste domingo (11) em partida válida pela terceira rodada do quadrangular definitivo do Pré-Olímpico, e não possui mais chances de se classificar para Paris-2024.
Atual bicampeão olímpico, o Brasil não ficava fora de uma olimpíada desde os Jogos de Atenas, em 2004. Entretanto, este resultado não pode ser tratado de forma isolada. Existem várias camadas que precisam ser expostas, e os insucessos recentes de todas as seleções estão relacionados.
Afinal, a Seleção principal masculina foi eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo e depois teve sua pior sequência na história desde 1940, a seleção sub-20 foi eliminada por Israel no Mundial, a equipe sub-17 caiu para a Argentina na Copa do Mundo, a Seleção principal feminina vem se sua pior campanha em uma Copa do Mundo. A coincidência em tudo isso: a péssima gestão de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Especificamente nesta edição do Pré-Olímpico, falando apenas sobre futebol, percebemos uma série de erros na Seleção Brasileira. Primeiro pelo técnico Ramon Menezes, que nada tenha realizado em sua carreira como treinador que justifique para que ele fosse o escolhido para o cargo. Ficou claro que seu time não tinha um estilo definido, uma filosofia de jogo, sequer um time titular, já que rodou em busca do time inicial ao longo de toda a competição.
Ramon tem sua parte neste insucesso, assim como quem o escolheu para o cargo. Porém, os jogadores também possuem sua parcela de culpa. Em sua maioria talentosíssimos, os atletas não conseguiram demonstrar isso em campo. Se Ramon não ajudou montando um coletivo forte, nem a individualidade apareceu. Endrick, John Kennedy, Andrey e cia fizeram muito pouco em toda a competição.
Entretanto, futebol não pode ser analisado apenas pelo que acontece dentro das quatro linhas. Muita coisa fora de campo influencia a bola a não balançar a rede adversária nos momentos decisivos. E a seleção olímpica é mais uma a seguir a esteira de insucessos das demais seleções brasileiras.
A CBF errou ao escolher Ramon Menezes, errou em não criar um ciclo de treinos, assim como fez com Jardine para os Jogos de Tóquio. O treinador teve apenas duas convocações antes do Pré-Olímpico. Não tem milagre com pouco tempo de treino. É só mais um retrato de como as seleções brasileiras vêm de sucessivas más administrações. Se a CBF não mudar urgentemente a sua postura, novos resultados ruins virão pelo caminho.
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