"Ayrton, Ayrton, Ayyyyyyrton Senna do Brasil”. O grito do narrador Galvão Bueno eternizou muitas manhãs de domingo entre 1985 e 1994. Afinal foram três títulos mundiais, 41 vitórias e centenas de momentos emocionantes de um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1. Anos que arrebataram uma legião de fãs não só no Brasil, mas em todo o mundo. Uma geração que mantém vivas as lembranças do ídolo que faleceu naquele 1º de maio de 1994, em um acidente no GP de San Marino, disputado na cidade de Ímola, na Itália.
Nesta sexta-feira (01) serão realizadas muitas homenagens a Ayrton Senna, em memória aos 26 anos de sua morte. E uma curiosidade da rica história do piloto é que uma pequena parte dela está ligada ao Espírito Santo. Paulista, nascido na Capital, e de origem italiana, Senna acumula parentes aqui no Estado, que sempre esteve de portas abertas para a colônia italiana e até hoje mantém muito disso em suas raízes.
A genealogia de Ayrton Senna, que foi publicada na publicada pela Revista Insieme com base na pesquisa de Daniel Taddone, Isis Laguardia, Anna Buzolin, Lucas R. Guimarães Brito e Danilo Villani, mostra Luigi Sena e Giovanna Maria Magro como bisavós do piloto. E de acordo com dados do Arquivo Público do Espírito Santo, Luigi e Giovanna chegaram ao Brasil pelo Espírito Santo. Luigi desembarcou em Cachoeiro de Itapemirim no dia 20 de março de 1893, e Giovanna chegou a Vitória, em novembro de 1894. Eles se casaram no município de Castelo no dia 13 de dezembro de 1896, tiveram um filho capixaba e depois se instalaram em São Paulo.
Documentos registram a passagem dos bisavós de Ayrton Senna pelo Espírito Santo
Diretor-geral do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, Cilmar Franceschetto relata o contexto da vinda dos bisavós de Senna ao Estado. “A chegada dos bisavós de Senna ao Espírito Santo ocorreu em um período em que se verificava o maior fluxo de entrada de camponeses italianos no Estado para ocupar lotes agrícolas e atender às demandas de mão de obra nas fazendas de café”, pontuou.
Os bisavós de Senna se encontraram com familiares que já estavam estabelecidos na região entre Castelo e Muniz Freire. Já morava nesta localidade Angelo Rafaelle di Sena, que vivia com sua esposa Antonia Alessio e seus filhos. Um desses filhos, Nicolò, é o bisavô do advogado Fabricio Sena, 44 anos, que mora atualmente em Castelo e não esconde o orgulho de ser da família do consagrado piloto.
“Descobrimos a ligação familiar em dezembro do ano passado. É muito gratificante, mesmo com parentesco distante. Eu tinha o Ayrton Senna como ídolo esportivo. Saber isso foi bem legal e todos os parentes que eu contei ficaram muito felizes”, disse Fabricio, que também lembra que seu sobrenome se escreve com um “n” e não com “nn” como o do piloto. “Isso se perdeu nos registros. Meu pai e meu avô mesmo, cada um foi escrito de um jeito. Mas não é problema, mudar agora daria muito trabalho para mudar meus documentos”, brincou o advogado.
Poço de curiosidades, o Espírito Santo não podia ficar de fora da história de um dos maiores pilotos da história. Quem diria que Ayrton Senna carregou um pouquinho de capixaba.
ACIDENTE QUE PROVOCOU A MORTE DE AYRTON SENNA
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