Fim de mistério. Novo técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior fez sua primeira convocação na tarde desta sexta-feira (1), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Na lista estão os 26 jogadores que vão disputar os amistosos contra a Inglaterra, no dia 23 de março, em Londres, e Espanha, no dia 26, em Madri. O novo técnico trouxe boas apostas, mas também alguns nomes contestáveis. Confira a lista!
Entre os goleiros, Alisson (Liverpool) está machucado e por isso ficou de fora. Entre os escolhidos, Ederson é unanimidade, Bento é um jovem talento e merece a oportunidade. Mas Rafael, ao que parece, está presente na lista por ser um homem de confiança de Dorival, já que trabalharam juntos no São Paulo. Outros goleiros como Weverton, Léo Jardim e Lucas Perri são bem melhores.
Já na parte dos defensores, principalmente nas laterais, a safra é ruim e Dorival não tinha muito para onde correr. Pela direita, Danilo continua sendo a melhor opção, enquanto Yan Couto é um jovem jogador com potencial, mas ainda muito imaturo. Na esquerda a situação é ainda pior: Ayrton Lucas, apesar de bom jogador, está longe de sua melhor fase, tanto que o próprio Flamengo foi atrás de Viña para resolver o problema da posição no clube. Wendel é uma aposta, vamos ver.
Os zagueiros também está na prateleira do que temos: Marquinhos não vive seu melhor momento, mas ainda é fundamental. Beraldo é ótimo defensor. Murilo e Gabriel Magalhães estão na média. Preferiria o Bremmer como opção, mas também não é nenhum absurdo ficar fora.
A lista de meio-campistas traz boa reformulação. Dorival trouxe quase todos os meias que estão em boa fase no futebol inglês, e realmente são os nomes que precisavam estar no grupo. O retorno de Paquetá e Douglas Luiz é ótimo. As apostas em João Gomes e Andreas Pereira também interessantes. Inexplicável mesmo é a presença de Pablo Maia (São Paulo).
No ataque, Dorival trouxe jogadores que estão em boa fase como Vinicius Jr, Rodrygo, Richarlison e os jovens Savinho e Endrick. Gabriel Martinelli também merece a oportunidade. Mas a insistência em Raphinha é difícil de compreender.
Cenário Ruim
Dorival Júnior carrega a expectativa de limpar a bagunça que foi feita na Seleção Brasileira após o fim da Copa do Mundo do Catar. Ramon Menezes inexplicavelmente no comando como interino, depois Fernando Diniz como treinador, mas ainda técnico do Fluminense, e a esperança de ter o italiano Carlo Ancelotti frustrada de forma patética.
Com desorganização e decisões equivocadas, a CBF desperdiçou um ano do ciclo para a Copa do Mundo de 2026. Por isso, Dorival não terá vida fácil à frente da Seleção. Os dois primeiros amistosos são contra adversários fortes, e na sequência tem a Copa América, um teste de fogo para o treinador. Se conseguir sobreviver a esse período sem grandes percalços, terá tranquilidade para trabalhar. Caso contrário, o processo de fritura vai começar bem cedo.
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