Dez meses após o fim da “Era Tite” no comando da Seleção Brasileira, e depois de jogos sob o comando do técnico interino Ramon Menezes, agora, sim, podemos dizer que um novo ciclo começou. Sob o comando de Fernando Diniz, o Brasil goleou a Bolívia por 5 a 1, na noite desta sexta-feira (8) e fez a alegria de mais de 43 mil torcedores que compareceram ao Mangueirão, em Belém-PA.
Entre os destaques da partida estão Neymar, que alcançou a marca de 79 gols oficiais com a camisa da Seleção Brasileira, Rodrygo e Raphinha. Além de anotarem os gols do Esquadrão Canarinho no jogo, deram boa dinâmica ao ataque e mostraram criatividade para surpreender os adversários.
O início da “Era Diniz”, que a princípio tem prazo para durar dois anos, tem muitos resquícios de seu antecessor. Entre os atacantes convocados (anúncio oficial e jogadores que entraram porque outros foram cortados), apenas Pedro, dos que estiveram na Copa do Catar, não entrou na lista. Dos 11 titulares, apenas dois não estiveram no Mundial. O que é muito aceitável para um processo de transição. Não haverá uma grande revolução do dia para a noite, e sim ajustes pontuais.
Como ponto positivo vale destacar a mentalidade ofensiva do Brasil. A Seleção fez o que se espera dela quando enfrenta equipes tecnicamente inferiores: goleou, se impôs, jogou com autoridade e praticamente não deu chance aos bolivianos. Também é possível observar alguns pontos que precisam ser melhorados. Os laterais são questionáveis, Richarlison vive má fase no ataque, e outros jogadores como Bruno Guimarães e Gabriel Magalhães precisam ser provados. Mas tudo no seu tempo.
O início do Brasil em sua trajetória rumo à Copa do Mundo de 2026, que será sediada nos Estados Unidos, Canadá e México, é bem animador, assim como sempre é. Resta agora saber se Raphinha, Richarlison, Rodrygo, Neymar e companhia serão capazes de escrever uma nova história, e que de preferência se encerre com um título mundial.
Diniz começou bem. Seu time venceu e convenceu. Mas o “Dinizismo” ainda se mostrou bem tímido. Confesso que estou curioso para ver o estilo de jogo do treinador ser provado contra rivais mais fortes. Diniz carrega consigo uma filosofia que é a cara do futebol brasileiro: toque de bola envolvente até chegar ao gol. Vamos ver como isso se aplicará à medida que o treinador seguir trabalhando e deixar esse time ao seu estilo.
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