Em uma campanha que empilha recordes negativos e que ocupa um inédito e amargo sexto lugar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, o Brasil vive um péssimo momento.
A situação é ruim dentro de campo, mas se mostrou ainda pior fora das quatro linhas. Na noite desta terça-feira (21), o Maracanã foi o palco da derrota da Seleção para a Argentina por 1 a 0, e também viveu uma das noites mais vergonhosas de sua história.
Diferente de outras oportunidades, eu estava no Maracanã apenas como torcedor, mas acabei assistindo in loco um episódio que não se justifica e extrapola qualquer nível de rivalidade saudável.
Antes de a bola rolar, ainda quando tocavam os hinos dos dois países no estádio, a surgiram conflitos no setor sul do Maracanã (veja vídeo abaixo). Ao tocar o hino argentino, parte da torcida brasileira vaiou os hermanos. Algo que por mais que seja questionável, se tornou uma prática em vários países da América do Sul, inclusive na Argentina, que já fez a mesma coisa com o Brasil em jogos da Seleção, e em duelos pela Libertadores.
O limite é rompido quando a violência assume o comando das ações, e infelizmente foi o que aconteceu.
Após um pequeno foco de conflitos de torcedores brasileiros e argentinos, a Polícia Militar do Rio de Janeiro protagonizou imagens que já rodaram o mundo. Uma truculência sem tamanho para lidar com a situação. Não souberam diferenciar torcedores envolvidos na confusão de inocentes, de famílias com crianças, e mais promoveram o caos do que resolveram a situação.
Revoltados com o ocorrido e com medo de familiares estarem expostos no conflito, os jogadores argentinos correram em direção à arquibancada e depois se retiraram de campo ameaçando não jogar.
Tudo isso porque a organização da partida definiu que não haveria separação entre as torcidas de Brasil e Argentina no setor sul. CBF, autoridades de segurança do Rio de Janeiro e a gestão de estádio entenderam quem havia pouco risco de conflito.
Um erro ridículo, e de total amadorismo, que mostra o despreparo das instituições para organizar o evento. Estava na cara que bastava muito pouco para vermos cenas lamentáveis, e foi o que aconteceu.
Com 27 minutos de atraso, a partida finalmente começou. O clima de animosidade também apareceu em campo. Muito jogo físico, faltas e pouco futebol.
No fim, Brasil derrotado dentro de campo com mais uma atuação muito abaixo da média e com o técnico Fernando Diniz sem saber como extrair o mais de seus jogadores. Fora do gramado, um país envergonhado por mostrar vários níveis de incompetência.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.