O saldo da participação do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio foi considerado muito positivo pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). A delegação brasileira garantiu o 12º lugar no quadro de medalhas, melhor posicionamento do país na história, ao conquistar 21 medalhas (7 ouros - 6 pratas - 8 bronzes).
O Espírito Santo esteve representado com nove atletas: Richarlison (futebol), Paulo André Camilo (Atletismo), Nacif Elias (judô), Alison e Bruno Schmidt (vôlei de praia), Vinícius Teixeira e Alexandra Nascimento (handebol), e Déborah Medrado e Geovanna Santos (ginástica rítmica).
De todos os capixabas, Richarlison foi o único que conquistou medalha em Tóquio, o ouro com a seleção masculina de futebol. Entre os demais, dos consagrados Alison e Bruno, medalhistas de ouro na Rio-2016, às caçulas do Time Brasil Déborah Medrado e Geovanna Santos, trajetórias de raça, superação e espírito olímpico que também os tornam vencedores por estarem entre os melhores do mundo.
O futuro reserva histórias diferentes para cada um dos capixabas. Richarlison dificilmente retornará aos Jogos já que passará da idade olímpica. Alison, Bruno Schmidt e Nacif vão avaliar se vêm para mais um ciclo. Alexandra Nascimento já anunciou a aposentadoria da seleção de handebol feminino para se dedicar ao sonho de ser mãe. Vinícius Teixeira, Paulo André Camilo, Déborah e Geovanna vão brigar por uma vaga em Paris-2024.
RICHARLISON - FUTEBOL
Campeão olímpico com a Seleção Brasileira, Richarlison tem 24 anos e só volta a disputar uma edição de Jogos se entrar na cota de três jogadores acima da idade olímpica, caso por exemplo de Daniel Alves em Tóquio. Por enquanto, o capixaba se apresenta em breve ao Everton-ING e já foca na Seleção principal, que disputa a Copa do Muindo do Qatar em 2022.
ALISON E BRUNO SCHMIDT - VÔLEI DE PRAIA
Medalhistas de ouro na Rio-2016 quando parceiros, Alison e Bruno trilharam caminhos diferentes no ciclo olímpico que os levou à Tóquio. Em comum atualmente, apenas a eliminação para a dupla da Letônia formada por Plavins e Tocs. Bruno e Evandro caíram nas oitavas de final, enquanto Alison e Álvaro Filho foram superados nas quartas de final. Já veteranos no vôlei de praia, ambos ainda não decidiram se encaram mais um ciclo olímpico.
"Não decidi ainda (futuro). O primeiro a saber disso vai ser o Álvaro e depois a minha equipe. Eu só vou continuar um cilo olímpico se eu for competitivo, como eu fui nessa olimpíada apesar de ter perdido. Eu fui bem, cheguei bem fisicamente, fui um dos mais velhos na competição. Se eu me sentir competitivo eu vou ficar. Não vou queimar a minha história só para vir para mais uma Olimpíada”, disse Alison.
Bruno Schmidt também adotou um discurso parecido com o do Mamute. "Eu prefiro responder isso dentro de quadra. É óbvio que quando você chega aos 34 anos você não tem a vida inteira. Eu sou um cara competitivo, e a partir do momento que eu não ficar mais competitivo eu vou te responder que já chegou o meu momento (parar)", pontuou.
ALEXANDRA NASCIMENTO E VINÍCIUS TEIXEIRA - HANDEBOL
Melhor jogadora do Mundo, campeã mundial e mais de 200 jogos com a camisa da seleção brasileira de handebol. Esta é Alexandra Nascimento, que aos 39 anos, jogou muito nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas ainda assim, o Brasil não conseguiu avançar à fase de mata-mata da competição. Ao fim da participação brasileira nos Jogos, a capixaba anunciou sua aposentadoria da seleção. Obrigada pelo apoio de sempre. Agradeço também por esta quinta oportunidade de disputar minha quinta Olimpíada, recebi isto como um prêmio. Infelizmente não deu e meu ciclo se encerra aqui", disse a craque das quadras.
No masculino, Vinícius Teixeira fez parte do elenco que também acabou eliminado na primeira fase na competição olímpica. Aos 32 anos o jogador que é natural de Linhares ainda tem lenha para queimar. Vamos ver se ele vem para o próximo ciclo olímpico.
DEBORAH MEDRADO E GEOVANNA SANTOS - GINÁSTICA RÍTMICA
Parte do grupo das caçulas do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, as capixabas Déborah Medrado e Geovanna Santos certamente vêm para o ciclo Paris-2024. Após debutarem no Japão e carregarem o aprendizado da atmosfera olímpica, vão estar mais fortes para os próximos desafios.
A assistente-técnica e coreógrafa de ballet do quinteto brasileiro de ginástica rítmica, Bruna Martins, acredita no potencial das meninas. "É um grupo novo, um grupo que a gente iniciou um trabalho, coeso e que a gente acredita muito. Na próxima Olimpíada vamos chegar fortalecidas. O trabalho continua, as meninas são novas, as caçulas do Time Brasil. Esse trabalho vai se solidificar cada vez mais, e a gente vai se fortalecer, crescer e melhorar", observou.
PAULO ANDRÉ CAMILO - ATLETISMO
Em Tóquio, Paulo André Camilo competiu nos 100m rasos e no revezamento 4x100. Na prova individual, ele conseguiu avançar à semifinal, mas chegou à final da modalidade. Já no revezamento, o capixaba foi responsável por fechar a prova para o quarteto brasileiro, que terminou com o 12º melhor tempo e não se credenciou para a disputa por medalhas. Ciente que pode render mais, Paulo André não deu desculpas, foi sincero ao dizer que fez um tempo alto nas semifinais dos 100m e afirmou que faltou perna para o Brasil no revezamento. O foco já está nos Jogos de Paris.
“Agora é trabalhar. Sair de cabeça erguida para trabalhar e chegar em Paris com o nosso melhor e brigar por medalha. Aprendizado a gente leva que tem que estar pronto é aqui. Tem que haver mudança para que a gente possa chegar na Olimpíada bem. Tem que ter planejamento, sentar para ver quais pontos a gente tem que visar, montar um planejamento”, destacou.
NACIF ELIAS - JUDÔ
Naturalizado libanês, Nacif Elias disputou sua segunda olimpíada, e mais uma vez, acabou sendo eliminado na primeira luta. O judoca capixaba ainda não decidiu se vem para o próximo ciclo olímpico. "Tinha treinado bastante e me preparei bem, mas infelizmente não consegui ter uma boa performance. Acredito que me esforcei, mas agora é treinar e trabalhar para as próximas competições. Vamos continuar batalhando para melhorar, evoluir e quem sabe trazemos uma medalha em Paris", afirmou o capixaba após a derrota em Tóquio.
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Logo após o fim da luta na madrugada de quarta-feira (28), no calor do momento, Nacif chegou a falar em uma de suas redes sociais que “não sabe se vai continuar fazendo judô”. O que mostra que o futuro ainda é uma página em branco na vida do capixaba.
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