Infelizmente cenas lamentáveis ocorrem com bastante frequência no futebol brasileiro. Mas quando você acha que todo tipo de episódio já aconteceu, surge algo capaz de surpreender negativamente. Neste domingo (26), na partida entre Internacional e Caxias, válida pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Gaúcho, em uma confusão generalizada, um torcedor invadiu o gramado do estádio com uma criança no colo e agrediu o jogador Dudu Mandai, do Caxias.
O torcedor irresponsável que invade o gramado segurando a criança é o responsável pela cena mais impactante do episódio, mas tudo começou com troca de agressões entre os atletas das duas equipes, após o Internacional ser eliminado da competição estadual pelo Caxias dentro de sua própria casa e diante de seus torcedores.
Os jogadores do Caxias comemoravam o resultado em frente à torcida do Inter. Nada que não pertença ao futebol. Não é justificativa para que os jogadores e torcedores colorados se sentissem no direito de cobrar satisfação com agressão. E como pode um torcedor ter acesso tão facilmente ao gramado? Onde estavam os seguranças?
Isso acontece porque o ambiente do futebol é visto como confortável para pessoas que recorrem à violência. A certeza da impunidade faz com que jogadores, torcedores, dirigentes de clubes sintam-se à vontade para partiram para a agressão quando acham que devem. O que é um absurdo. Estádios de futebol devem ser lugar de festa e diversão. Ganhar ou perder faz parte do esporte. Lidar com a derrota de maneira agressiva é inaceitável.
É o tipo de situação que para acabar precisa de punições exemplares. E não há porque isso não possa acontecer. Uma vez que se tratando de jogadores ou torcedores, os indivíduos são facilmente identificados pelas câmeras. Então cabe identificar os responsáveis e aplicar as punições cabíveis na esfera esportiva e na esfera criminal.
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