Se ainda existe qualquer soberba que defina o Brasil como o país do futebol, e os treinadores brasileiros como os únicos capazes de comandarem grandes equipes e donos de todo o saber no esporte, acredito que a quinta eliminação seguida em Copas do Mundo para seleções europeias jogue essas ideias por água abaixo, né!? Não é possível que alguém ainda acredite nisso.
Os fatores citados acima sempre foram utilizados como desculpas para que técnicos estrangeiros não assumissem o comando da Seleção Brasileira. Mas o sucesso recente de treinadores estrangeiros no futebol nacional e a constatação que o Brasil exporta jogadores para o mundo, mas não exporta técnicos, mostra em que algum momento o estilo de jogo desenvolvido no nosso país ficou para trás. E não há vergonha em perceber isso, e permitir que outras filosofias possam somar ao que temos por aqui. Por isso, acredito que seja o momento ideal para se dar chance a um técnico estrangeiro. Na verdade, acho que até já passou da hora.
Com o ciclo de Tite encerrado na Seleção, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já trabalha com alguns nomes para a sucessão. Dentre os mais cotados estão Dorival Júnior (ex-técnico do Flamengo), Fernando Diniz (atual treinador do Fluminense com contrato recém-renovado), Mano Menezes (Internacional), Abel Ferreira (Palmeiras) e Jorge Jesus (Fenerbahçe).
A escolha do novo treinador passa também pela indicação de quem será o novo coordenador de seleções da CBF, já que Juninho Paulista também está deixando o cargo. Cotados par a função estão Marco Braz e Andrés Sanches, são cartolas que poderiam eventualmente apostar em Jorge Jesus e Mano Menezes, respectivamente.
Dito isto, é bom lembrar que em 2006, o Brasil foi eliminado pela França sob o comando de Parreira, que deixou o ambiente solto e foi acusado de não se indispor com grandes jogadores. Como solução para o novo ciclo, a CBF apostou em Dunga, um técnico linha dura. O Brasil foi eliminado pela Holanda na Copa de 2010 na mesma quartas de final. Mano Menezes teve uma chance, mas sequer durou o ciclo todo, caiu para Felipão e todos nós lembramos muito bem o fiasco de 2014. Volta Dunga, fica dois anos, Brasil não evolui e Tite ganha chance. Duas Copas e mais duas eliminações. Não faltaram tentativas e estilos, ainda assim não deu certo.
Por isso, definitivamente é hora de mudar. O meu preferido no momento é Abel Ferreira. Bicampeão da Libertadores com o Palmeiras, atual campeão brasileiro e dono de uma filosofia de jogo interessante. Seu time é muito seguro, não se abala em situações adversas, faz muitos gols e sabe jogar bem com e sem a bola. Eu queria ver muito a Seleção Brasileira com a "cabeça fria e o coração quente".
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