A torcida do Vasco deu um show no final desse ano e fez o clube chegar a mais de 184 mil sócios-torcedores. A diretoria acredita que isso pode significar mais de R$ 6 milhoes mensais nos cofres do clube. Mesmo assim, dinheiro ainda é algo preocupante pelos lados de São Januário. O clube acumula salários e direitos de imagens atrasados, o que atrapalha o processo de renovação com jogadores que ainda interessam ao Cruz-Maltino e reduz o potencial no mercado. Quem vai querer jogar em um time que não cumpre com suas obrigações trabalhistas?
Por falar nisso, na semana passada, o técnico Abel Braga foi apresentado pelo Vasco. Em coletiva afirmou que o presidente deixou bem claro que "vai pagar, mas não vai pagar em dia". Péssimo para a imagem do clube. Imagine a diretoria cruz-maltina com esse tipo de abordagem na negociação com jogadores. É impossível se tornar desejo de algum atleta de alto nível. Vale destacar que todo clube possui dívidas e o presidente Alexandre Campello vem atuando para amenizar o montante, mas deixar se tornar público esse tipo de acordo com Abelão beira o ridículo.
"Ah, mas Abel ganha muito dinheiro, não precisa receber em dia todo mês porque um salário dele já tem grana de sobra para ele sobreviver". "Ah, mas pelo menos o presidente foi sincero...", dizem muitos por aí. Quero dizer apenas que não interessa! Nenhum profissional deveria aceitar esse tipo de irresponsabilidade de um clube. Ao aceitar essas condições, Abelão só ajuda a perpetuar o amadorismo na gestão. Um desserviço para o futebol brasileiro.
Este vídeo pode te interessar
Nos últimos dias, o Vasco conseguiu derrubar penhoras e pagou cerca de R$ 32 milhões em dívidas. O caminho para a saúde financeira é longo e cheio de obstáculos, mas já está na hora dos gestores fazerem diferente. Não dá para viver apenas da torcida que bomba o programa de sócios, doa dinheiro para a construção de centro de treinamentos e vive se mobilizando para ajudar as finanças do clube.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.