O mês de julho chegou e com ele a contagem regressiva para o início das Olimpíadas de Tóquio. O maior evento esportivo do mundo foi adiado em um ano por conta da pandemia de Covid-19 e fez os amantes dos esportes segurarem a ansiedade em ver os melhores atletas do mundo em ação. Agora não há mais volta. Entre 23 de julho e 08 de agosto, o Japão se torna o palco destinado a presenciar novos recordes e momentos que vão entrar para a história.
Se para quem gosta de assistir aos Jogos Olímpicos a espera foi longa, imagina para as estrelas do show, os atletas, que se prepararam para estar em alto nível em 2020 e tiveram que readaptar os treinos para estarem na melhor forma em 2021. E entre essas feras estão alguns capixabas que estão com fome de medalhas.
Nos Jogos do Rio, em 2016, o Espírito Santo teve recorde de participação de atletas em uma olimpíada: 11 capixabas. Isso em um ano em que o Brasil teve direito a mais vagas já que sediou o evento. Neste ano, com menos vagas em disputa, o Estado pode contar até com 10 participantes. Seis já estão praticamente garantidos, enquanto outros quatro ainda disputam pré-olímpico ou estão no aguardo da convocação definitiva para a delegação que vai à Tóquio.
CAPIXABAS JÁ GARANTIDOS NA DISPUTA
- Alison Cerutti (Vôlei de Praia): Atual campeão olímpico, Alison Cerutti busca mais uma medalha olímpica para sua coleção. Em Tóquio, ele estará ao lado do parceiro paraibano Álvaro Filho. Aos 35 anos, o Mamute vai disputar a terceira olimpíada de sua carreira. Além do ouro no Rio, em 2016, ao lado de Bruno Schmidt, Alison conquistou a medalha de prata em Londres-2012, quando fez dupla com Emanuel.
- Bruno Schmidt (Vôlei de Praia): Nascido em Brasília, capixaba de coração. Este é Bruno Schmidt, que foi radicado para o esporte em terras capixabas e vive há anos no Espírito Santo, onde inclusive é contemplado pelo programa Bolsa Atleta e estadual. Bruno é atual campeão olímpico de vôlei de praia. No Rio, faturou a medalha de ouro em parceria com Alison Cerutti. Agora, ao lado do carioca Evandro, Bruno Schmidt, que foi o menor campeão olímpico da história da modalidade (1,85m), quer buscar o bicampeonato.
- Paulo André Camilo (Atletismo): Velocista que começou no projeto Campeões de Futuro, treinado pelo próprio pai, Carlos José Camilo de Oliveira, em Vila Velha, e ganhou o mundo, Paulo André Camilo é o homem mais rápido do atletismo brasileiro. Pentacampeão do Troféu Brasil de Atletismo nos 100m rasos, o capixaba tem a meta de correr a prova abaixo dos 10 segundos para brilhar em Tóquio. Um feito ainda não alcançado por nenhum sul-americano. Paulo André também vai competir no 200m rasos e no revezamento 4x100m, prova na qual já foi campeão mundial pelo Brasil, em 2019.
- Nacif Elias (Judô): O judoca Nacif Elias (categoria atual –81Kg) carimbou a vaga para disputar sua segunda olimpíada. Naturalizado libanês desde 2013, o capixaba passou a última temporada no Minas Tênis Clube, está se preparando para Tóquio em treinamento na Turquia. De lá, passará por Portugal e Espanha, até chegar ao Japão. No Rio, em 2016, ele foi desclassificado por um golpe considerado irregular pela arbitragem durante a luta das eliminatórias na categoria até 81 kg e agora vai em busca de uma nova história olímpica.
MENINAS DA GINÁSTICA RÍTMICA COM UM PÉ EM TÓQUIO
- Déborah Medrado (ginástica rítmica): Revelada nos Jogos Escolares, Déborah Medrado fez parte do conjunto da seleção brasileira de ginástica rítmica que conquistou a vaga para o País na Olimpíada, após vencer o Pan-Americano da modalidade, disputado no Rio de Janeiro e finalizado no último dia 12 de junho. Agora, Déborah Medrado, que está treinando em Aracaju, Sergipe, onde fica a base da seleção, aguarda a convocação final para Tóquio. Das seis ginastas do conjunto que participaram do Pan no Rio, uma terá que ser cortada e não irá para o Japão. Déborah superou uma lesão para estar junto com a seleção brasileira e tem grandes chances de permanecer no grupo.
- Geovanna Santos (ginástica rítmica): Geovanna Santos descobriu a ginástica rítmica no núcleo do projeto Campeões de Futuro, em Pinheiros, Norte do Estado, onde nasceu. Para poder se dedicar ainda mais ao esporte, se mudou para Vila Velha com a toda a família. Na seleção brasileira, participou da conquista do Pan-Americano, no Rio de Janeiro, que valeu a vaga para o Brasil na Olimpíada. Treinando em Aracaju, Sergipe, com o restante da equipe, Geovanna Santos aguarda agora a convocação final para Tóquio. Das seis ginastas do conjunto que participaram do Pan no Rio, cinco irão para o Japão. Em entrevista recente à Folha de São Paulo, a técnica da seleção Camila Ferezin exaltou a habilidade da capixaba: "É como se fosse o nosso Ronaldinho Gaúcho", destacando o potencial de Geovanna, que dificilmente ficará de fora dos Jogos Olímpicos.
HANDEBOL: CONVOCADOS, MAS AINDA AGUARDAM LISTA FINAL
- Alexandra Nascimento (handebol): Natural de Limeira-SP, mas no Espírito Santo desde os 6 anos de idade, onde conheceu o handebol, a ponta-direita da seleção brasileira, Alexandra Nascimento aguarda a convocação final para os Jogos Olímpicos de Tóquio, prevista para ser divulgada no dia 08 de julho, para ter a confirmação de que disputará sua quinta olimpíada consecutiva. A atleta já está treinando com a seleção brasileira, entretanto 21 jogadoras foram convocadas e apenas 15 seguirão para o Japão. Atualmente jogando na França, Alê tem como principal conquista no currículo o título do Mundial de Handebol pelo Brasil em 2013.
- Vinícius Teixeira (handebol): Nascido em Linhares, o pivô despontou para o handebol na disputa dos Jogos Escolares, pelo Colégio Cristo Rei. Por conta de sua atuação nas competições escolares, se mudou para São Paulo quando tinha 17 anos para atuar pelo Metodista, de São Bernardo do Campo, onde disputou seu último ano como juvenil. Atualmente, joga pelo Taubaté, São Paulo. Vini, como também é chamado, agora aguarda a convocação final prevista para o dia 08 de julho. Dos 21 jogadores convocados, 15 seguem para Tóquio.
PRÉ-OLÍMPICO DE BASQUETE
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- Anderson Varejão (basquete): O pivô capixaba disputa o pré-olímpico de basquete da Croácia, competição que começou na terça-feira 29 e se encerra no domingo (04) e é a última da modalidade que vale vaga para a Olimpíada. Anderson ajudou o Brasil a se classificar no primeiro lugar do grupo para à semifinal. Caso a seleção brasileira consiga a classificação, o capixaba vai disputar a segunda olimpíada de sua carreira (a primeira participação de Anderson foi em Londres, em 2012).
- Didi (basquete): Jovem revelação do basquete brasileiro, o ala que é natural de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, é atleta do New Orleans Pelicans, da NBA. Recém-chegado ao basquete americano após duas temporadas na liga australiana, onde atuou pelo Sydney Kings, Didi pediu dispensa ao ser convocado para o Pré-Olímpico, mas caso a seleção conquiste a vaga nos Jogos, ele ainda pode ser convocado para a competição.
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