No Campeonato Brasileiro mais imprevisível dos últimos tempos, venceu o time que teve alma de campeão. O Flamengo nem precisou derrotar o São Paulo para se sagrar octacampeão brasileiro, na noite desta quinta-feira (25). Assim como também não precisou ser brilhante e encantador para levantar a taça. Mesmo com vários tropeços, o talento do elenco prevaleceu e foi capaz de conduzir o time ao título.
O Brasileirão chegou a ver Atlético-MG, Internacional e São Paulo se revezarem na liderança. O sempre favorito Flamengo estava no bolo, mas não assumia a ponta da tabela. Isso até o último domingo (21), quando chegou ao topo para não sair mais. Bote certo para abocanhar mais um troféu para sua galeria.
A trajetória até a conquista foi cheia de altos e baixos. O início conturbado sob o comando de Domènec Torrent, que levou boa parte do time ao descrédito, as duras eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil, que apontaram que o time não seria capaz de manter um ritmo que o fizesse campeão brasileiro. Mas silenciosamente a reviravolta aconteceu.
Rogério Ceni chegou como a aposta para mudar o cenário. Apesar de cometer muitos erros, ganhou o vestiário e fez o elenco correr por ele. Enquanto isso, lá na frente os líderes perdiam fôlego. O São Paulo chegou a ter sete pontos de vantagem para o vice-líder, o Inter teve uma terrível sequência sem vitórias. Melhor para o Flamengo.
Decisivos, mas até então um tanto sonolentos, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol acordaram na reta final do campeonato. Foram os responsáveis por praticamente todos os gols da equipe nos últimos jogos. Fizeram o que se esperava deles. E a competência foi recompensada com o título.
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Os erros no caminho servem apenas para a reflexão visando o futuro próximo. A defesa inconstante, as falhas de Gustavo Henrique, as terríveis saídas de bola do goleiro Hugo Souza: tudo pode ser resolvido depois. Agora é tempo de comemorar. O título foi merecido, e isso é incontestável.
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