Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Eliminação precoce na Copa do Brasil é um balde de água fria no Vasco

Para um clube que virou SAF e investiu mais de R$ 100 milhões na formação do elenco, ser eliminado dentro de casa para o ABC na competição que oferece premiações importantes a cada rodada é decepcionante para as ambições  cruz-maltinas na temporada 2023

Pedro Raul perdeu seu terceiro pênalti com a camisa do Vasco
Pedro Raul perdeu seu terceiro pênalti com a camisa do Vasco. Crédito: Thiago Ribeiro/Agif

Mesmo que ainda seja um processo relativamente novo para os clubes brasileiros, já sabemos que a transição para SAF significa mudança, mas não resultado imediato. Entretanto, o Vasco sentiu isso na pele de uma forma muito dolorida na noite desta quinta-feira (16), ao ser eliminado precocemente da Copa do Brasil pelo ABC, em pleno São Januário. 

Para um clube que até agora investiu R$ 108,5 milhões na formação do seu elenco e com isso espera um ganho técnico considerável, dar adeus à milionária Copa do Brasil é um balde de água fria nas ambições para a temporada e decepcionante para o torcedor. 

Mesmo em um novo patamar com relação aos anos anteriores, a expectativa do Vasco para 2023 não é pautada na conquista de títulos, nem mesmo no Carioca onde largou atrás dos rivais Flamengo e Fluminense. Ser campeão do Brasileirão é inimaginável. Restava a confiança na participação na Copa do Brasil, por ser uma competição que permite confrontos teoricamente mais fáceis nas primeiras fases e também por ser mata-mata, que com a estratégia certa é possível derrotar rivais considerados mais fortes. Outro fator importante a ser observado é a alta premiação da competição nacional. A cada fase um bom dinheiro entraria nos cofres dos clubes. 

Ir longe na mais democrática das competições nacionais era o principal objetivo do Cruz-Maltino em matéria de rendimento. Meta que já foi por água abaixo e tem um impacto significativo na previsão das finanças para o ano, e também no moral do elenco para os próximos desafios. Um sabor amargo que vai permanecer em São Januário nos próximos dias. 

Limitações dentro de campo

Em campo, o Vasco mostrou que tem muito o que corrigir. Todo confronto em que o time precisa propor o jogo se torna um grande problema. O Cruz-Maltino não tem em seu elenco um meia capaz de ditar o ritmo do jogo e dar passes verticais que quebram as linhas adversárias. O Vasco é um time que ataca bem em velocidade. Quando o ABC posicionou seu time atrás do meio-campo, fechou as laterais e congestionou os espaços no meio, o time de Barbieri ficou inofensivo. É preciso contratar um 10 urgentemente!

O Vasco mal finalizou na partida. Em nenhum momento deixou a partida desconfortável para o ABC. Uma posse de bola estéril. Passes de um lado para o outro e quase nenhuma profundidade. Mérito do time potiguar que soube neutralizar os pontos fortes do time carioca. E quase que o ABC liquida o confronto no tempo regulamentar. Desperdiçaram a melhor chance do jogo aos 48 minutos do segundo tempo. 

E na disputa de pênaltis, Barbieri montou uma estratégia inexplicável. Pedro Raul, que já havia perdido dois pênaltis pelo Vasco, foi o escolhido para o que deveria ser o último e decisivo pênalti. O atacante isolou, perdeu o pênalti de forma ridícula e recolocou o ABC no jogo. Na sétima cobrança, Orellano, contratação mais cara do clube no ano, também isolou. Vasco eliminado com requintes de crueldade.

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