Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Empate contra o frágil Ñublense mostra Flamengo apático e sem alma

Neste mês de maio, o Rubro-Negro sofreu apenas uma derrota, mas últimas atuações beiram o inacreditável para o potencial que esse elenco tem

Em mais uma atuação sofrível, o Flamengo apenas empatou com o frágil Ñublense
Em mais uma atuação sofrível, o Flamengo apenas empatou com o frágil Ñublense. Crédito: PhotoSport/Agif

O futebol é um esporte bastante curioso, e em determinadas situações você pode escolher a ótica que prefere. O Flamengo 2023 é um bom exemplo disso. No mês de maio, em 7 jogos até aqui, o Rubro-Negro perdeu apenas uma partida, empatou três e venceu três duelos.

Em matéria de resultado nem é tão ruim assim para a equipe que ocupa a 6ª colocação no Brasileirão, está na zona de classificação para o mata-mata da Libertadores e segue viva na Copa do Brasil. Porém, quando observamos o desempenho, este cenário muda consideravelmente. As últimas atuações do time comandado por Jorge Sampaoli são sofríveis.

O empate em 1 a 1 com o frágil Ñublense na noite desta quarta-feira (24) é um reflexo disso. Vencendo por 1 a 0 e com o rival dominado, o Flamengo não apenas sofreu o empate, como se viu em apuros em vias de quase tomar a virada do 12º colocado do Campeonato Chileno, e que vem flertando com zona de rebaixamento da principal competição do seu país, que sejamos sinceros está longe de ter um bom nível de competitividade entre seus clubes.

Antes disso, o Flamengo venceu o Corinthians, no Maracanã, por 1 a 0, com um gol na bacia das almas do zagueiro Léo Pereira, que virou atacante no jogo por conta de ter se machucado e seu time não poder substituir mais nenhum jogador. E isso em uma partida que o Timão, comandado por Vanderlei Luxemburgo, que ocupa o Z-4 do Brasileirão, não matou o jogo por sua habitual incompetência. Nesse meio do caminho ainda teve uma vitória aos trancos e barrancos sobre o Bahia, que estava com dois jogadores a menos em campo.

“Ah, Filipe, mas você está sendo duro com o Flamengo”? Talvez! Mas o que eu espero do Flamengo é a atuação diante do Fluminense no jogo de ida da Copa do Brasil. E curiosamente no que foi seu melhor jogo no mês, a vitória não veio. Se bem que o Tricolor alguns dias depois também foi amassado pelo Botafogo no Brasileirão. Então fica aí o questionamento se foi mesmo o Rubro-Negro que fez um excelente jogo, ou se o time de Fernando Diniz já dá sinais que bateu no teto. Sem problemas, essa dúvida será sanada no dia, 01 de junho, data do Fla-Flu de volta da Copa do Brasil.

Voltando ao Flamengo, estamos falando de um time que é o atual campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. Nem preciso citar as conquistas anteriores do clube que assumiu um DNA campeão absurdo de 2019 para cá. Mas em pouco mais de seis meses, a queda de produção é drástica, sendo que existe potencial no elenco para muito mais.

É claro que não há como descartar os vários erros da diretoria desde o fim da última temporada e o trabalho fracassado de Vitor Pereira no clube. Mas o Flamengo também não é uma terra arrasada. Tem um elenco ainda muito superior a grande maioria dos clubes do país, com a obrigação de jogar mais futebol do que tem apresentado.

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