O sonho de conquistar "o mundo de novo" acabou. De forma vexatória, o Flamengo deu adeus ao Mundial de Clubes, após ser derrotado precocemente na semifinal para o Al Hilal, no Marrocos, na tarde desta terça-feira (7). A forma como a derrota por 3 a 2 foi construída, à base de erros bobos e deficiências expostas, apenas corroboram para a conclusão que o Rubro-Negro foi superado por um rival inferior, o que é, sim, motivo de vergonha.
A lateral direita, principal lacuna nesse elenco do Flamengo, se mostrou decisiva para a eliminação no Mundial. O técnico Vitor Pereira chegou ao Mundial com dúvidas. O treinador não sabia se escalava Matheuzinho ou Varela, optou pelo que possui melhor desempenho ofensivo. Entretanto, o jogador se mostrou inocente quando exigido defensivamente e cometeu pênalti bobo. Ali começou o revés rubro-negro. Sofrer um gol aos três minutos de jogo derruba qualquer estratégia e mina o psicológico dos jogadores.
Após o gol, mesmo tendo empatado a partida, com gol de Pedro, alguns jogadores mostraram que sentiram o peso do jogo, como Léo Pereira, Gerson. E quando o Flamengo ensaiou melhorar no jogo e se permitir flertar com a virada, conseguiu se sabotar mais uma vez. Novo pênalti inocente. Desta vez cometido por Gerson, que já tinha cartão amarelo. Resultado: novamente atrás do placar e agora com um jogador a menos. Um cenário terrível.
No segundo tempo, o Al Hilal mostrou tranquilidade para jogar. Se aproveitou da situação, usou bem sua superioridade numérica e chegou ao terceiro gol. Vietto fez o gol que liquidou o jogo (antes já tinha sofrido os dois pênaltis) e foi o grande nome da vitória do Al Hilal. Restou ao Flamengo ir para o abafa como dava. Saiu até mais um gol de Pedro, mas foi pouco. O Flamengo apresentou um futebol insuficiente para superar o time saudita.
A série de erros que culminaram na eliminação precoce começou no erro da diretoria, que forçou um recomeço de trabalho com a saída de Dorival Jr. e a chegada de Vitor Pereira no momento mais importante do time nos últimos três anos. O treinador português não conseguiu encontrar seu time, e logo não foi competitivo da maneira que precisava em pleno Mundial.
O preparo físico do elenco rubro-negro está longe do ideal, o que já tinha sido notado na derrota para o Palmeiras na Supercopa do Brasil. Se as opções na lateral são ruins, as peças de reposição na frente também não estão há altura. Não há alternativa a dias ruins de Arrascaeta, Éverton Ribeiro e Gabigol. Agora é esperar para ver como a diretoria vai reagir ao vexame. Mudar é preciso: mentalidade, alternativas de jogo, até algumas peças no elenco.
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