Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Fase brilhante de Pedro compensa lambanças da defesa do Flamengo

Fla se classificou para às quartas de final da Copa do Brasil, mas falhas do setor defensivo preocupam. Já no ataque, torcida não tem do que se queixar

Vitória
Publicado em 05/11/2020 às 05h02
Pedro vive grande fase com a camisa do Flamengo e mais uma vez se mostrou importante para o time
Pedro vive grande fase com a camisa do Flamengo e mais uma vez se mostrou importante para o time. Crédito: Alexandre Vidal/Flamengo

 Vice-líder do Campeonato Brasileiro, classificado às oitavas de final da Libertadores com a terceira melhor campanha da primeira fase e garantido nas quartas de final da Copa do Brasil após vencer o Athletico-PR por 3 a 2 na noite desta quarta-feira (04), no Maracanã. O saldo do Flamengo na temporada é excelente, mas é impossível fechar os olhos para o sofrível sistema defensivo do clube rubro-negro, que coleciona falhas nas últimas partidas.

Para equilibrar essa balança, o Fla conta com a fase brilhante do atacante Pedro, que mostra altíssimo poder de decisão e segue garantindo bons resultados para o clube carioca. Com relação a isso, a torcida rubro-negra não tem mesmo do que se queixar.

 O Flamengo sofreu 8 gols nos últimos 4 jogos, média recente de dois gols por partida. Com sua meta vazada 25 vezes no Campeonato Brasileiro, tem a pior defesa entre os seis primeiros colocados. E este confuso setor defensivo rubro-negro voltou a cometer falhas graves na partida desta quarta. O primeiro gol do Furacão foi marcado por Erick, após passe errado de Willian Arão na saída de bola, praticamente uma assistência ao adversário. O segundo gol do Athletico também saiu após a defesa bater cabeça e a bola sobrar para Bissoli fuzilar as redes.

O problema é que não se tratam de erros isolados, mas sim de falhas constantes. Na derrota por goleada para o São Paulo, Gustavo Henrique praticamente ajeitou uma bola para Brener fazer um dos gols tricolor e em outro lance cometeu pênalti infantil, que resultou em gol de Reinaldo. Luciano, que selou a vitória do time paulista correu entre os dois zagueiros para finalizar sem chances para Hugo Souza. Isso sem falar contra o Inter, quando Isla e novamente Gustavo Henrique cometeram falhas cruciais que o time colorado não perdoou, em jogo que terminou empatado em 2 a 2

Muitas dessas situações foram motivadas por erros individuais, mas também foram perceptíveis erros de posicionamento e principalmente de saída de bola quando a defesa é pressionada. Boa parte disso é falta de treino e está na conta do técnico Domènec Torrent. Por enquanto as falhas não foram decisivas, mas podem custar caro diante de times melhores, principalmente nas competições de mata-mata. É algo que precisa ser corrigido urgentemente. 

A ausência de Rodrigo Caio é um problema para Dome. A tendência é que o setor defensivo melhore com o retorno do jogador. O jovem Natan desponta hoje como o parceiro ideal de Rodrigo para o time ter um setor mais consistente. Gustavo Henrique e Leo Pereira estão deixando a desejar. A cobertura de Isla também precisa ser eficaz, já que o lateral-direito não tem na marcação seu ponto forte. Uma senhora dor de cabeça para o treinado catalão, mas algo que ele tem que dar conta se quiser levantar taças ao fim das competições que seu time disputa.

PEDRO RESOLVE LÁ NA FRENTE

Pedro marcou dois gols na vitória do Flamengo
Pedro marcou dois gols na vitória do Flamengo. Crédito: Alexandre Vidal/Flamengo

Se a defesa do Flamengo vem sendo uma mãe para os adversários, o ataque não perde uma chance de castigar os rivais. E um dos principais responsáveis pelo sucesso do setor ofensivo rubro-negro é o atacante Pedro. Com 20 gols em 36 jogos com a camisa do Fla, o centroavante é sempre decisivo. Foi fundamental nos últimos jogos de sua equipe.

Aos 23 anos, Pedro tem a frieza de um veterano quando está de frente para o gol. Não satisfeito em “apenas” balançar as redes,ainda o faz com muita maestria. Finalizações precisas daquelas de deixar os goleiros paralisados tamanha a categoria nos arremates. Pedro é uma espécie em extinção, o bom e velho camisa 9, que o Brasil tanto produziu, mas que hoje é raro de se encontrar.

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