O brasileiro é apaixonado por esporte, e ainda mais apaixonado por vencer. Para o torcedor, não há melhor sensação do que ver seu time levantando uma taça. Mas há também aqueles que se satisfazem ao ver sua equipe encantar pela qualidade técnica, mesmo que não consiga o título, mas deixe sua marca na história. Uma discussão que não é exclusiva dos tempos atuais, muito pelo contrário. Há anos permanece presente nas rodas de debate, principalmente de futebol.
Todo esse contexto de comparação entre épocas voltou à tona motivado pelas reprises de partidas de futebol na TV aberta e nos canais esportivos por assinatura. Estratégia para matar a vontade do público de ver esporte em meio a pandemia do novo coronavírus, que interrompeu os principais campeonatos pelo mundo.
Nesta última semana, o SporTV passou a campanha da Seleção Brasileira de 1982. Equipe que foi comandada por Telê Santana e encantou o mundo com a qualidade técnica de Zico, Sócrates, Falcão, Junior e outros craques, mas que foi eliminada pela Itália nas semifinais. E neste domingo,12, a Globo vai passar a final da Copa do Mundo de 2002, às 16h. Partida em que o Brasil venceu a Alemanha por 2 a 1 e conquistou o pentacampeonato mundial. Campanha que consagrou o técnico Felipão e sua “Família Scolari”, que contou com um trio de ataque formado por Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo Fenômeno para levantar a taça.
Emocionado ao rever os jogos que esteve em campo pela Copa de 1982, Falcão, em entrevista ao Estadão, declarou que levar emoção foi um diferencial que faz esse time ser lembrado até hoje. "A coisa mais importante é que ela (Seleção de 82) provocou emoções. E quando isso acontece, ganhando ou perdendo, você é lembrado. Quantas seleções perderam e não são lembradas? A nossa seleção é lembrada porque simplesmente provocava emoções. Se você vê um filme que foi feito há 40 anos e ainda te provoca emoções, o diretor tem de ser muito feliz. Mesmo um livro feito há 30 anos, que você lê e ainda gosta, o escritor tem de ser feliz. Provocar emoção é o que fica na história,” relatou.
Do outro lado dessa moeda, a Seleção comandada por Felipão não apresentava o futebol dos sonhos. Jogava em um contestado 3-5-2, que à primeira impressão parecia até ser retrancado, mas também se mostrava ofensivo quando preciso. Isso sem falar da genialidade do ataque, fator decisivo para a conquista do título em 2002. Rivaldo fez uma Copa acima da média. Jogou demais. Ronaldo Fenômeno mostrou seu poder de decisão nos momentos importantes. E Ronaldinho Gaúcho também teve suas participações marcantes.
Este vídeo pode te interessar
A democracia do futebol permite que cada um escolha o seu estilo preferido. As duas seleções possuem valores que já estão marcados na história. Sem ficar em cima do muro, prefiro ser campeão a mostrar muito futebol e não ter taça. E você?
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.