O Flamengo foi incapaz de vencer a equipe de pior desempenho na história do Campeonato Brasileiro, desde 2003, quando a competição passou a ser disputada no modelo de pontos corridos. Na Arena Condá, o Rubro-Negro empatou em 2 a 2 com a Chapecoense, mesmo jogando boa parte de partida com um jogador a mais.
A partida válida pela 30ª rodada do Brasileirão teve sua dose de polêmica. O Flamengo foi claramente prejudicado por duas vezes. Gabigol sofreu um pênalti que foi ignorado e teve um impedimento mal marcado, lance em que saiu na cara do gol e já tinha se livrado do goleiro. Entretanto, nada disso justifica o pobre futebol apresentado pela equipe de Renato Gaúcho. Nem mesmo os desfalques de Arascaeta, Andreas Pereira, Isla e Felipe Luis podem ser os culpados, até porque esta não foi a primeira vez que o Rubro-Negro teve uma atuação abaixo da média nesta temporada.
O time rubro-negro atua com bom desempenho há duas temporadas e se preparou e investiu ainda mais para esta. Então não há desculpas para não vencer o lanterna do Brasileiro em um ano que a equipe ainda tenha alguma esperança de título. Mesmo assim, a diretoria do Fla e o treinador Renato Gaúcho insistem em se apoiar em muletas para justificar a queda de rendimento nos últimos jogos.
É óbvio que o Flamengo sofreu com a ausência de jogadores nas datas de jogos oficiais da Seleção Brasileira, sofre com alto número de lesões, com o calendário apertado e pouca quantidade de treinos. Problemas que não são exclusivos do Rubro-Negro, talvez com um peso maior quando comparado aos principais adversários (Atlético-MG e Palmeiras), e que não são novidades para nenhum dirigente.
Entretanto, é impossível não perceber que o time é mal treinado, acumula falhas defensivas graves, tem dificuldades contra equipes que atuam mais fechadas e que principalmente falta criatividade de Renato Gaúcho quando precisa solucionar um problema. Limita-se a povoar a equipe de atacantes, sem ao menos deixar um jogador de criação em campo. É transparente a falta de ideias do treinador quando pressionado.
Tudo isso acontece perto do jogo mais importante do ano: a final da Libertadores, a chance do Flamengo salvar uma temporada em que entrou para buscar três títulos importantes. A Copa do Brasil já se foi, o Brasileirão também.
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Na decisão continental, o Rubro-Negro vai enfrentar um perigoso Palmeiras, que por sua vez vem em excelente sequência na Série A. Quando às duas equipes se classificaram para esta final, o favoritismo do Flamengo gritava, devido ao momento de cada time. Hoje, essa sensação se foi. Renato Gaúcho vê seu time definhar a cada jogo e tem um problema urgente para resolver. Para isso terá que mostrar mais trabalho e menos desculpas.
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